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Querido, Você, está bom?

Como muitos outros, também eu já candidatei a minha casa a este programa. Afinal de contas, quem não gostaria de ver uma divisão remodelada?

O desejo é antigo: vem desde a exibição dos primeiros programas do género nos canais da Tv por cabo. Em programas como “Durante a Tua Ausência”, “Changing Rooms” ou “Debbie Travis”, esta última um pouco afectada no ego, mas com conhecimento na matéria. Todos diferentes, todos sobre o mesmo. E depois chega um programa deste género a Portugal. E o sucesso é imediato.

Quero lançar a ideia a outros canais. Nomeadamente à TVI. Deviam adoptar um programa dentro do mesmo género. Há claramente mercado e sucesso garantido. Algumas mudanças, um formato diferente e ao invés de colocar as pessoas a cantar e a dançar (nunca tive pachorra!) por nada ou para casar, porque não colocá-las em competição para a remodelação da casa? Fica a ideia, contem os tostões, e façam as contas. Depois quero uma percentagem!
Voltando ao querido, o programa estreou, se não estou em erro, em 2000 no canal Sic Mulher. Teve sucesso instantâneo e está presentemente na 7ªa temporada. Embora me agrade bastante o tema, vou confessar uma coisa: não consigo ver o programa! Porquê?

Porque a sua linguagem incomoda-me! Mexe com a minha sensibilidade televisiva, se assim o quiserem pôr. Algo no programa, de princípio ao fim, me desagrada. Causa uma espécie de urticária mental. A começar pela forma de falar dos intervenientes:
-“Então Sofia, está boa?”
-“Estou sim, e você Sofia?”


Algo neste género. É extremamente enervante e apetece, não sei, mas apetece-me esticar e enfiar os braços no ecrãn a dentro e abanar as figuras a ver se falam de uma forma menos afectada. Alguns, lembrando-se das rábulas do Hérman, certamente ligariam uma coisa há outra.

Depois vem a estrutura do programa. Sempre aquela musiquinha enjoativa com os mesmos movimentos de câmera, o mesmo estilo de edição e pior: intervenções injectadas pela apresentadora onde é debitado algum texto que mal conseguiram memorizar e que decerto necessitou de vários takes.

Elas, maquilhadas e todas queques, a “ajudar” para o espectador ver, envoltas em tarefas mínimas e a dizer com o olhar na lente, o quanto é vital alinhar todos os parafusos. Estão ali, a desempenhar uma personagem, que supostamente não se importa de meter as mãos em obra, sujá-las e sujar-se. Mas passam sempre a mensagem contrária. Se partirem uma unha aposto que cai o céu e a trindade! Ou daí fazem um enredo. É a sensação que me passa.

Nos primeiros programas o excesso de propaganda também dificultou o acompanhamento. Além disso, os “estilos” decorativos pareciam limitados aos produtos de uma ou duas casas, do género “Loja do Gato Preto”. Quem tivesse uma casa remodelada no estilo moderno, levava sempre com o mesmo tipo de mobiliário. Depois o programa sofreu mais umas alterações, incluiu mais decoradores e diferentes estilos.

Embora não o consiga acompanhar e este realmente me desagrade muito, muito, muito, é só a minha opinião. Veja aqui outra referência ao programa na perspectiva comercial, escrita por Eduardo Cintra Torres: http://static.publico.clix.pt/tvzine/critica.asp?id=2665
E você? Tem uma opinião?

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1 comentários:

Anónimo disse...

Gosto do conceito do programa mas não gosto deste. Acho tudo, á falta de palavra melhor, muito snob.
Seria mais engraçado se fosse apresentado por alguem que realmente percebe-se do que está a ser tratado em cada episodio e que até mete-se realmente mãos ás obras.

Laura Caçoeiro

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