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Momento da Verdade - TV

Querem saber como é um homem de verdade?
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Quem viu a primeira emissão de Momento da Verdade já sabe.
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Até compreendo quando é dito que as mulheres não pertencem no exército. Consigo compreender onde querem chegar. Existe nos homens este companheirismo cúmplice, que nas mulheres é diferente. E ainda bem que é. A mulher é mais sensível e emotiva, graças a deus! Por isso mesmo, as coisas demoram mais tempo a descer pela «goela». Se isso é um problema na típica atmosfera machista militar, claro que é.

Até porque a maioria deles (homens militares) foram lá parar por falta de opções. O perfil pode ser traçado desta maneira: rapaz jovem, quer fazer o que lhe dá na telha, não aguenta mais o ambiente familiar de casa e ter de se submeter ás imposições dos pais, que não gosta de estudar, mete-se em sarilhos e começa a trabalhar para ser independente, mas não se dá bem nesses empregos porque não se dá bem com a autoridade. Quer fugir de tudo isto. Está perdido, não aguenta mais. Alista-se no exército.

Parece contraditório que vá parar logo num meio onde a obediência é-lhe imposta. Mas não é de todo. O exército não é como na vida civil. Lá todos são iguais, entram no mesmo nível e passam pelas mesmas situações. O grupo acaba por ser o suporte do indivíduo. Cria-se então a tal cumplicidade e, aquilo que menos sabem lidar cá fora, a autoridade, é então tolerada somente nestas circunstâncias. Porque cá fora, não existe essa realidade de igualdade. No emprego, uns são sempre melhores que outros, todos se querem destacar, ninguém é amigo de ninguém, o chefe não é igual com todos, a camaradagem é substituída por rivalidade. A autoridade é, portanto, insustentável.

Eis a ideia que faço da maioria dos militares homens.
Nem vou entrar no que esta atmosfera faz quando se trata de procurar o sexo oposto. Isso fica evidente para quem viu o programa.

A mulher é diferente, mas tem lugar no exército. Só ela é capaz de «salvar o couro» de um colega homem, ao mesmo tempo que segura numa frigideira. Só o cérebro feminino é dotado de tamanha destreza. O homem é uma boa máquina de matar: pode ser programado para agir somente de um modo. A mulher é naturalmente inclinada para as multi-tarefas. Ela pode estar a carregar numa metralhadora e a fazer prova de obstáculos, que a cabeça dela está ali no que faz, mas também no que vai fazer ou no que já fez.

Dito isto, vamos aos factos. Este programa revelou um primeiro concorrente que disse «Sim» a quase todas as perguntas, menos algumas. Elas, as perguntas, já se adivinham o calibre:

- já teve relações sexuais com outra mulher neste ano? (SIM)
-gosta de brincar com a sua filha? (NÃO)
-faz de tudo para a sua filha não sentir a sua falta? (NÃO)
-usa o preservativo quando tem relações sexuais com outras mulheres? (NÃO)

E assim ficou traçado neste primeiro programa, o perfil da maioria dos homens. (Quem se segue?). Claro, existem excepções. Mas assim como se generalizou que as mulheres não pertencem à carreira militar, assim generalizo que a maioria dos homens é como este se pintou.
Resumindo, a maioria dos homens adora a esposa em casa e a coisa que mais ama no mundo é os filhos. Mas isso não basta, na lógica masculina, para deixar de dormir com outras mulheres, (sem preservativo, que é para ser um portador de doenças para depois transmitir à adorada esposa), para flirtar com outras, para fugir de passar mais tempo com os filhos. São a coisa mais importante, mas não têm paciência para estar com eles. Neste caso, nem para brincar. Alguém devia ensinar este homem que brincar com uma filha não é brincar com ela e as bonecas. Acredite que, se fosse um rapaz, carrinhos não iam fazer diferença nenhuma.

É por isso que defendo que todos nós precisamos ser ensinados para a paternidade/maternidade. Até mesmo a ser adultos, quanto mais para ser adultos a criar outro futuro adulto. Isto de ser pai jovem porque não se usa preservativo, e depois ser-se ausente e ter a mulher a carregar os fardos, deixa abertas muitas lacunas para traumas familiares. Acho que se devia aprender a ser pais. Devia-se ensinar em escolas. Grande ambição, quando o ensino básico não inclui nem a sexualidade…

Devia haver em Portugal um Dr. Phill, para que as pessoas não sentissem vergonha de não serem perfeitas e não terem problemas em assumir que precisam de ajuda. Ajuda para ser bons pais. Porque não?

Emocionado ficou o concorrente quando ouviu o irmão caçula afirmar que o considera um ídolo. Teresa Guilherme incentiva um abraço e pergunta porquê não se fala das emoções. Pois, é um mal português… guardar tudo para dentro. Sabem porquê? Porque assim somos ensinados! Muito mais depois do 25 de Abril, do que antes. Paradoxalmente, a liberdade trouxe o aprisionamento das emoções.

Temos então o típico homem português. Mas há sempre excepções e, neste caso, ela talvez não estivesse muito longe, no gene ao lado. Porque é que em todas as histórias de irmãos, existe sempre o mais novo a idolatrar o mais velho, que não é nenhum exemplo a seguir? É que isso prejudica muito o trabalho da mulher que queira preservar o seu achado…

Por tudo isto, sem dúvida que o programa será e foi um estrondoso sucesso. Quem é que não gosta de ouvir a verdade? Olhem que, se não for ali e por dinheiro (algumas das questões colocadas por Teresa Guilherme que não eram para o ganho, não foram respondidas com sinceridade), não será em nenhum lugar.

E claro, no final o concorrente levanta-se e vai cumprimentar o irmão, o amigo e a esposa. Qual destes não estava 100% de bem com o seu beijinho? A mulher, claro! Porque a mulher é diferente. E é mesmo para ser.

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1 comentários:

novelista disse...

A sic não consegue audiências com nada. Este programa foi visto por muitos e por isso a estação até faz especiais, entrevistas e debates e não pára de promover o segundo programa. Não deixa de ser um espectáculo triste.

Já o rapaz que se submeteu ao polígrafo, não tinha consciência da força da Tv, da repercursão em ser o primeiro num primeiro programa.

Se o condeno? Não o defendo. Ainda por mais, ao ler numa revista que a mãe desconfiou que o filho e a nora estavam juntos novamente, pela ausência da troxa de roupa para ela lavar que ele lhe trazia. Ora, se me chocou mais esta!

Pensava que o exercíto ensinava um rapaz a ser um homem auto-suficiente! Que redutor, o papel de esposa... uma lavadeira.

A respeito do comportamento dele, o problema talvez seja os exemplos à volta, e a falta de outros. Sem o desculpar, acho bem que tenha este momento de dificuldade. Só assim se cresce. E se não der com a actual mulher para a qual nunca teve muito tempo (estava ocupado a experimentar outras), ambos podem com esta experiência crescer para se tornarem melhores parceiros com outras pessoas.

Acaba que o «Momento da Verdade» fez-lhe um grande favor (além dos 25.000 euros que, estranhamente, pouca importância ganham diante dos assuntos sensíveis que o programa aborda). Dá-lhe a hipótese de amadurecer e ser diferente dos outros.

Porque o que choca muita gente é saber que a maioria dos homens ainda é assim: esposa em casa, amantes por fora, dinheiro para sustentar os filhos e nenhum ou pouco contacto, presença ou troca de afectos.

O programa dá-lhe a grande oportunidade para mudar para melhor e não se transformar no triste espectáculo que é um homem velho, que na juventude andou em todas, para na velhice não ter ninguém.

No fundo, acho que é verdade: falta aprendizagem ás pessoas. Não basta crescer e sobreviver. Há que ser ensinado.

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