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Competente e DESCARADA - é para rir à GARGALHADA!


Para quem tiver oportunidade aconselho vivamente que veja em DVD a série “Competente e descarada”. Revê-la hoje foi uma agradável surpresa. No seu título original, “The Nanny” foi uma série americana feita entre 1993 e 1999 e protagonizada por Fran Drescher, dona de uma voz peculiar, à qual fez bom uso.

Quando esta série passou na RTP era ainda uma criança e lembrava-me apenas que a história girava em torno de uma mulher sexy e desbocada que virava ama dos três filhos de um rico viúvo inglês, pelo que a imaginava infantil. Nada disso! A sua veia cómica extremamente aguçada e adulta tinha sido esquecida. Na realidade em todos os capítulos percebe-se que o guião é repleto de tiradas humorísticas, umas atrás de outras, praticamente sem parar e o humor das personagens é simultaneamente intelectual e físico.

Como esquecer o sarcástico modormo Niles com as suas tiradas mundanas para o patrão Maxwell Sheffield e para com a mal amada CC Babcock? Ou Miss Fine (Fran Drescher) na eterna busca de um marido com a cumplicidade da sua mãe e avó, dentro da comunidade judia? Toda a série é boa de assistir. Quem poder rever, não perca a oportunidade e não deixe escapar a 2ª temporada, muito boa para gostosas risadas. A série contou também com diversas participações de celebridades, sem as colocar, como por vezes acontece, no ridículo. Vá conferir.

Mas existem mais curiosidades que importam mencionar. A primeira de todas é que a série foi escrita e produzida pela protagonista Fran Drescher, juntamente com o seu marido Peter. Não é há toa que nos créditos finais a imagem que ilustra o nome da produtora é o desenho de dois namorados sentados na cama que se beijam e de seguida as luzes se apagam… Os dois eram um casal desde que se conheceram com 15 anos na escola secundária e mantiveram-se juntos desde então. Para quem interpretava uma solteirona desesperada por encontrar o homem ideal e casar, este não era decerto o caso de Drescher. Porém, toda a história da série é baseada na vida real da actriz e no que observou nas pessoas com que privou e cresceu. Tanto assim o é que acabou por dar às personagens os nomes reais dos seus familiares mais próximos. A mãe Sylvia, a avó Yeda… tudo como na vida real. Até o seu cachorrinho Chester ganhou um papel na trama, sendo protagonizado pelo próprio.

Outro detalhe interessante é que o seu par romântico, o actor Charles Shaughnessy, que interpretou o viúvo Maxwell, também era casado desde 1983 com aquela que ainda hoje é sua esposa, a actriz Susan Fallender e já tinham dois filhos. Casaram sendo ela de família judia e ele de uma católica… tal como na série! A única diferença é que eram pobres para caraças e Shaughnessy ganhava a vida de vendas por telefone, depois de trabalho de escritório, dormido num quarto na casa dos sogros... Portanto, temos aqui dois indivíduos com casamentos sólidos que interpretaram no ecrã uma dupla romântica que para alguns foi a mais fogosa da televisão da década de 90.


É sabido que toda a equipa gostou muito do projecto, todos os actores se intricaram muito bem e acho que isso percebe-se no produto final. Não existem histórias de bastidores, polémicas ou reportados conflitos, nem com os actores veteranos nem com os adolescentes...

A série original terminou em 1999, foi exibida em cerca de 80 países e também reformulada noutros, estando actualmente a rede Band, no Brasil, a preparar uma versão própria. Quis saber o que todos aqueles artistas que ali revelaram um bruto talento andavam hoje a fazer. Entristeço-me quando vejo bons actores “desaparecer” da TV sem voltarem a ter alguma espécie de maior protagonismo, algo proporcional ao talento que lhes identificamos. No caso da sitcom “Nanny”, todos estão ainda no activo, embora Lauren Lane (que fez CC) se dedique mais ao ensino. 

Shaughnessy (Maxwell), descendente de uma família de artistas (pai guionista, mãe actriz, irmão actor, produtor e realizador) tem também o título de Barão, algo que remota ao seu bisavó Thomas, que foi presidente dos Caminhos de Ferro Canadianos e presentemente regressou à personagem que primeiro o celebrizou na TV: Shane Donovan na TV soap “The days of our lifes” (1965 até o presente), uma espécie de telenovela sem fim, do género Dallas.  


Daniel Davis (Niles) continua a representar papéis em televisão e mais recorrentemente no teatro. Muitos achavam que o seu sotaque britânico na série era autêntico, mas para o actor natural de Arkansas, Estados Unidos, experiente em interpretar Shakespeare, o desafio foi superado com sucesso. Uma das cenas mais emblemáticas da sua personagem é quando se vê sozinho na mansão e dá para se inspirar numa cena de um filme... sendo apanhado por CC Babcock! Hilariante!! Faz parte da temporada dois da série. 

Cena da 3ª temporada
Outra curiosidade sobre os artistas que fizeram parte desta fantástica sitcom diz respeito à vida pessoal de Descher. Depois da série terminar parece que a vida quis imitar a ficção e Fran acabou por se divorciar do marido, que havia descoberto com surpresa para si mesmo que era homossexual. Fran é também uma sobrevivente de cancro do útero, doença que lhe foi diagnosticada logo de seguida. Ela e o ex-marido continuam amigos e unidos. Se a série “The Nanny” foi criada pelos dois a partir das suas experiências de vida em comum, a nova série de Descher, Happily Divorced”, segue o mesmo caminho. A história remete para um casal que se separou ao fim de anos de união. Ela volta aos namoros e a história centra-se na sua nova vida como solteira e como amiga do seu ex-marido e do namorado fixo deste. Nisto tudo, tem também a família, claro…



Todos estes artistas estão hoje 13 anos mais velhos, o que é verdadeiramente um choque visual, mas é a vida. Os miúdos estão crescidos, coisa que já deu para perceber a meio das temporadas para o final. O talentoso Benjamim Salisbury (menino Brighton) tem semelhanças com o príncipe William: é casado e apresenta um problema de calvice. 

Madeline Zyma com Charles e Fran
A actriz que fez a pequena Gracie (Madeline Zyma) é hoje a mais alta do elenco! Recentemente voltou à ribalta da TV com uma personagem sexualmente muito sabida na série “Californication”. Ao ver a apresentação do episódio de estreia, Charles Shaughnessy, que fez de pai da então pequena menina de 10 anos, afirmou: “A culpa é de Miss. Fine!”  -  muito humorístico   ;)



Publico de seguida uns vídeos com os actores a falar da série e de como foi para eles fazer parte da mesma. Não deixe de espreitar! Rir faz bem ao coração e com “Competente e Descarada” a gargalhada é garantida! 



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