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Jay Leno (+TVI)


Descobri o Tonight Show com Jay Leno em 1996 e desde então nunca deixei de gostar da apresentação e do programa. É um talk-show apresentado por um comediante, com pequenas graçolas introdutivas, algumas observações humorísticas sobre artigos colocados nos jornais e entrevista a dois convidados. Jay Leno faz tudo com naturalidade e leveza. Nada parece forçado como no caso do ruívo e patético Conan O'Brien, com quem existiu um problema com a NBC quando a estação preferiu estender o prazo de apresentador de Jay no programa, quando Conan lá estava fazia anos a aguardar a vez, como um cão esfomeado. Este acontecimento deixou Jay mal visto (vai-se lá entender porquê) e levou a que Conan fosse demitido da estação porque, como mau perdedor e com pouca piada e fair-pay, ressentido, ele decidiu insultar e provocar a Estação no programa que lhe cabia apresentar: The Conan O'Brien Show

Nem posso enfantizar o quanto acho deprimente o comportamento de menino mimado Conan. Até porque nunca lhe identifiquei especial talento e sim, muito egocentrismo. É o tipo de artista que não me diz nada e me faz mudar de canal por querer tanto ser artista pelos motivos errados e o revelar em tudo o que faz. Conan é como um Herman José ou um Malato: conseguem manter longas conversas monólogas todas começadas pelo tema "EU".

Conan fez a estação ter de desembolsar milhares de dólares por adquirir para o seu programa um automóvel topo de gama caríssimo e ter colocado no ar durante bastante tempo música com direitos autorais pagas a ouro. Depois tirou um ano de "sabática", até uma outra estação ter aproveitado a polémica e a celebridade que isso trouxe ao egocêntrico apresentador para transportar um pouco desse zum-zum para a sua estação. Conan foi para a concorrência, concorrer no mesmo horário que Jay Leno e, mais uma vez, perdeu. Perdeu feio, tal como em termos de audiências perdia também na NBC.

O mercado americano é tão grande que não se entende porquê tanta cobiça por um só osso. OK, pode ser o osso mais desejado do mundo de cão que é o show-bizz, mas continuo na minha que os meios não justificam os fins. 

Em 1996 encontrei um Jay Leno cheio de piada, conseguia entender coisas que se passavam longe da minha realidade sem mesmo ter antes escutado sobre elas, tudo graça às introduções humorísticas do comediante sobre política, escândalos e demais temas, nacionais ou não, que decidia humoristicamente abordar. Era um Jay muito mais moreno, nos cabelos, mas igualmente charmoso e com um talento inato. Uma coisa que sempre admirei nele é que naquele que é o seu programa e no qual outros no seu lugar são de uma prepotência e autoritarismo extremo, Jay sempre se mostrou mais terra-a-terra e deu espaço para qualquer outro brilhar. Mesmo os convidados mais ariscos ou provocadores. Jay dá espaço em prime-time, no cobiçado prime-time, para cada um deles conseguir ser visto por milhares de pessoas e receber convites de trabalho. Ver a relação dele com o seu baterista de banda (ao vivo) Kevin Fairbanks progredir deu para perceber isso mesmo. Por vezes não se entendia se as picardias entre os dois eram somente algo escrito no guião para ter piada ou se era algo mais, porque Fairbanks por vezes era espontâneo a interromper Jay para lançar uma farpa para o atingir. E o humorista, sempre, sempre, soube dar troco a qualquer um que lá fosse tentar a sorte recorrendo à provocação. Fairbanks deixou o programa faz alguns anos para se lançar numa carreira de músico a solo. Rumores de desentendimentos circularam mas a verdade é que foi vê-lo, à meses, regressar ao programa como convidado e o que vi foi uma imensa gratidão pela oportunidade de se divulgar como músico a solo no prime-time do programa do Jay Leno. Agradeceu muito, agradeceu a Jay por este se recordar do aniversário dos seus pais e telefonar-lhes a dar os parabéns e perguntar por ele. E lá está: se existiu alguma coisa pendente, ficou resolvida com aquele convite, que mais não foi que uma oportunidade para um Kevin Fairbanks agora sem os fortes holofotes do prime-time em cima de si, poder ter um novo fôlego na sua carreira a solo. 


E o que eu ri com Jay! As suas "headlines", a forma como responde a uma provocação dos convidados sem retaliar com maldade. E acima de tudo, a forma como os deixa falar, os sabe escutar e deixa a conversa fluir, na descontra. Tudo o que alguns pseudo-apresentadores nacionais com "séculos" de carreira que gostam sempre de auto-proclamar, estão a ANOS-LUZ de sequer apreender.

Não importa se Jay sairá do programa ou não. Eventualmente é isso que está planeado e ele próprio faz piadas (com piada) sobre essa possibilidade. Mas a verdade é que a estação NBC tem medo. Medo que o programa seja o Jay e não o contrário. E na minha modesta opinião, Jay será sempre um programa, vá parar onde for parar. Com ou sem televisão, será sempre o que foi todos estes anos: excelente naquilo que faz!

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As Brasileiras - (TV Globo Pt)


As Brasileiras é uma série brasileira da TV Globo com cerca de 20 minutos de duração e todos são uma delícia. Em forma muito compacta, vários temas sobre o amor são abordados de forma autêntica e  completa. 

Embora alguns episódios sejam algo parecidos porque se baseiam em histórias de amor que mete ciúmes e equívocos pelo meio, os finais são todos felizes e tudo é relatado com verdade mas num tom ligeiro e algo cómico, aquele que mais me conquistou pela qualidade de conteúdo foi o de hoje, o episódio 13 da série 1 que aborda o tema do lesbianismo. Fá-lo através do exemplo de uma mulher viúva na casa dos 60 anos que já criou os seus quatro filhos e vive sozinha na sua fazenda quando decide chamá-los para comunicar que voltou a se apaixonar, por uma mulher. A forma como cada um dos filhos recebe e lida com a notícia está muito bem espelhada. A riqueza da história é o recurso a um narrador, cuja voz serve de "grilo cantante", o tal da consciência, que vai colocando os pontos nos "ís" quando tudo ainda é confuso. A junção da "voz da sabedoria" do narrador com o desenrolar da história promove um entendimento que centenas de conversas, debates e manifestações por mais que se esforçassem, talvez não atingissem tão facilmente. Vale a pena por isto espreitar "As Brasileiras". São apenas 20 minutos, histórias sérias contadas de forma verdadeira porém ligeira e humorística. Uma "pequena pílula" de vitaminas televisiva. 


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A volta do Big Brother, versão «famosos»

Se há um programa que não pretendo colocar os olhos em cima é este "Big Brother Famosos".
Se o que uma revista (TVGuia nº1786) avança como participantes é verdade, com perdão da palavra mas: existe demasiada merda por metro quadrado para aquilo não empestar, ainda que à segurança da distância de um monitor de TV.


O formato já é o que é, mas dar protagonismo à ralé é do pior que existe. Venham os anónimos, ao menos esses tentam captar a experiência ilusória do "lugar ao sol" sem terem noção de como as coisas realmente são, agora estes «famosos» chafurdam na lamacenta aparência da «celebridade» há tempo demais. Já se lhes conhecem os podres. E é impossível compactuar com esta ralé que ali está a ganhar muito dinheiro para fazer coisa alguma. Dar audiências a isto é passar a mensagem errada, é quase rir de desprezo da situação actual que o país atravessa, em que tantas pessoas estão a passar fome! 

Desculpem alguns, mas levam por tabela pela maioria. Só por aceitarem se misturar com essa gente, já não são bons de certeza. E depois tem ainda o agravante de existir demasiadas coisas montadas para o espectador 'engolir» como verdadeiras. Para ver ficção pura, prefiro actores que eu goste e não pseudos cuja medula moral seja nula, inexistente.

Não tenho dúvidas que o profissionalismo de Teresa Guilherme a fará dedicar-se a mais uma apresentação com total afinco, mas a bosta cheira demasiado mal. Existem limites para o que se lança na TV. Para mim existem uns tantos logo aqui. Fedor por fedor, antes o do país, ao menos esse cheira menos mal que a podridão plástica e falsa ditadora-moralista que vai pisar o cenário do Big Brother, a troco de holofotes e muitos euros. Jamais poderia estar de acordo com tal coisa. 

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