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The Big bang theory

 A TEORIA DO BIG BANG




SHOW - Ao Vivo



CIENTISTAS - físicos e partículas, o Nobel
A ÚLTIMA FRONTEIRA - Os Astronautas

A VENCEDORA


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Versão PORTUGUESA de Shark Tank (ou Dragon's Den)

Ambos a passar na SIC Radical, os programas "O largo dos tubarões" (USA) e "Covil de empreendedores" (Canadá) cativaram telespectadores com a sua simples premissa: "tens uma ideia de negócio mas falta-te capital? Nós temos dinheiro e podemos investir. Vem apresentar-nos a tua ideia, pode nos interessar e ao investirmos serás uma pessoa rica".


A boa notícia é que um dos canais nacionais portugueses anunciou estar a tentar preparar uma versão portuguesa de "Shark Tank - O Largo dos Tubarões". Que bela ideia! Num país com reputação de bons inventores, onde ideias fluem como correnteza nas águas, será que vamos ver coisas boas surgirem da mente dos que por cá andam? Quais serão as piores ideias? As mais lucrativas? Que surpresa reservará uma versão portuguesa?

Aposto que os fãs da série mal podem esperar para ver. 
Até que enfim a televisão nacional procura adaptar um programa de entretenimento que não se resume a cantorias, danças ou palhaçadas! Só digo uma coisa: começam com uma década de atraso.


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Rising Star, novo talent show na TVI


Vi pela primeira vez este novo concurso de talentos hoje, Domingo dia 11 de Maio. Tinha lido numa revista uma crítica a elogiar o ator Pedro Teixeira como apresentador. Talvez isso tenha criado expectativas superiores ao que acabei por constatar, pois achei o ator/apresentador um tanto cru e a recorrer demasiado ao riso. Principalmente a usá-lo para fazer pausas e pensar no que dizer a seguir. Tal como alguns concorrentes, tem potencial e talvez com um pouco mais de prática vá mais longe.

Passei algum tempo a pensar num outro Pedro, o Granger, que fez algumas vezes parelha com a Leonor Poeiras. Se não tivesse passado para a SIC neste último ano talvez estivesse ali, grudado na Leonor. Mas ainda bem que não está porque cansa ver sempre as mesmas duplas de programa para programa e, mesmo sendo menos experiente na apresentação, o Teixeira tem um potencial por explorar que o Granger, a meu ver, não tem.

Quanto aos concorrentes que já vi cantarem, gostei muito do timbre de Alexanda (A espanhola). A pesar de gostar de alguns musicais, não achei especial o desempenho do concorrente de Aveiro mas que o gostaria de o ouvir noutros registos, isso gostava. Acho que para o concorrente, a paixão pelos musicais está ao alcance de muito trabalho, dedicação e se calhar, treino noutros registos também. É como querer ir para acrobata... não dá para começar logo pelo mais difícil sem passar primeiro pelos exercícios mais básicos. Ou seja: adia-se o «primeiro amor» até se estar «no ponto».

Achei engraçado que uma das críticas feitas à concorrente Espanhola que cantou "A Canção do Mar" na versão Dulce Pontes tenha sido que por vezes não se entendia a letra. Logo a seguir surge um concorrente Cabo Verdiano e no vídeo de apresentação certas palavras que pronuncia parecem ter outro sentido, tal é a forma diferente de as pronunciar. Foi para mim um pouco cómico, pois entender "corno" no meio de uma frase (decerto não era) entre outros exemplos acaba por ser humorístico. Este concorrente não passou à final, teve uma prestação a meu ver fraca de voz, mas ainda assim dois elementos do júri votaram SIM. Curioso foi quem foram esses elementos: os que até então tinham sido mais implacáveis nos critérios de selecção: Pedro Ribeiro e Rita Guerra. Os argumentos, se não erro, foi ter «groove».


Este Rising Star, como programa, parece interessante. O jurí tem critérios flexíveis para a selecção, o que torna tudo um pouco assente também no factor momento e sorte pois, sem os votos da plateia, que têm de superar os 50%, o concorrente não passa para a fase seguinte.

Veremos então o que se segue que, pelo que entendi, será cantar em dueto!

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Maria Vieira passou-se do berlinde

Maria Vieira, quer queira quer não, quer o sinta ou não, é uma actriz acarinhada pelo público português.
Nem tem que fazer nada para isso. É e pronto.

No entanto a sua postura desde que provou dos «ares» do Brasil tem sido pontualmente controversa. Mas como o público adora-a, a imprensa também, pouco destaque se tem dado a algumas palavras pouco felizes.

E exemplifico: A primeira vez que Maria me «chocou» com algo que tenha declarado foi com uma ida sua ao 5 para a Meia Noite - ou um talk show parecido. Onde ao falar sobre a sua experiência a fazer novelas (só de Miguel Falabella) na rede Globo no Brasil, a actriz voltou a sublinhar o que já havia dito nas revistas sobre a remuneração compensar muito mas muito mais que o melhor trabalho por cá pode pagar (porque eles são milhões e o Brasil imenso) e continuou a comparar a situação do ator de lá com o de cá, tecendo demasiados elogios ao que eu considero o lado superficial da exposição da profissão.

Sei que deve ser bom e entendo perfeitamente que alguém prove e passe a gostar de viver no conforto que algum reconhecimento proporciona, deve ser fácil uma pessoa se acostumar ao luxo, ter motorista privado para ir e voltar das gravações, viver num palacete paradisíaco, ter serviçais e luxos tais - ela e o marido, que levou consigo. Compreendo perfeitamente ainda mais depois de uma carreira longa que imagino que, tal como todas, tenha começado na dificuldade e com poucos recursos. Mas Maria falou num tom algo delirante - e isso é que foi preocupante. Falou com vaidade da reação do público brasileiro por si, comparando-o em números e quantidade ao povo português e desvalorizando em quase tudo este último. E continuou nessa nota, de desvalorização de quase tudo o que por cá existe, valorizando demais o que por lá encontrou. Volta e meia detona a realidade de cá. Mas para mim a estocada final e imperdoável de Maria foi quando na sequência de uma pergunta comparativa sobre o povo português e o brasileiro esta diz "Vocês". 


Vocês?! WTF?
Não devia ter dito "nós"? Não é por acaso a Maria Vieira portuguesa? Está a renegar a pátria? Provou um pouco da vida globista e foi ao delírio e alucinação... ???.

Isso me caiu um pouco mal.
 Maria Vieira com Carla Andrino no Brasil

Passados meses desde a sua presença nesse programa de TV, talvez um ano deste lamentável episódio ao qual pelos vistos só eu prestei atenção, eis que a artista volta a ter uma atitude um tanto inconveniente, para não dizer preconceituosa e invejosa (minha interpretação). Ao ligar a televisão e verificar que Diogo Morgado se encontrava no programa Vale Tudo, ela sai-se com este comentário no seu facebook:

"Em inofensivo zapping, dou por mim a sintonizar a SIC e que vejo eu? O Diogo Morgado, ator português que vive justo reconhecimento na indústria cinematográfica americana, a participar numa coisa tipo programa de televisão que envolve planos inclinados, quedas aparatosas, embates mais ou menos estúpidos contra paredes e efectivação de figuras ridiculamente idiotas. O que é que o Diogo Morgado faz ali? Alguém o obrigou a participar sob ameaça da própria vida? Então porquê? Precisará ele dos míseros euros que supostamente lhe pagam para fazer aquelas figuras? Será que ele pretende arruinar o que de bom lhe tem acontecido nos últimos tempos? Terá ele enlouquecido?
Maria não fica por aqui e diz tudo: "... devem descortinar a piada em vê-lo fazer aquelas figuras que ficam a dever mais à dignidade do que aquilo que os portugueses devem à Troika!. Estão a imaginar (salvo as devidas distâncias) o Johnny Depp ou o António Banderas a escorregarem num plano inclinado e a "esbardalharem-se" de encontro a uma parede! Pois, eu também não, e eles, seguramente muito menos! Espero bem que o agente americano do Diogo tenha visto aquele programa, tipo "chalaça", via satélite, e lhe diga aquilo que toda a gente com cérebro lhe gostaria de dizer, ou seja: "Não te metas nisso pá" a bem da carreira internacional do nosso "Cristo Lusitano"


Ainda bem que existiu quem tivesse tentado chamar a atenção de Maria para a realidade. Entre os quais o próprio Diogo Morgado, César Mourão e Rui Unas. Todos abordaram a questão por todos os aspectos realmente interessantes (importantes). (ler resposta de Unas e Mourão aqui e a resposta do Diogo aqui). 

Maria, como pode você (vai desculpar-me o tratamento na primeira pessoa mas certamente vai ser agradavelmente familiar) que viveu grande parte da carreira a fazer comédia meio-parva em programas de TV tecer críticas dessas a um programa com o sketch cenário inclinado? Um programa que, goste-se ou não, nota-se que cada ator tem ali oportunidades teatrais e outras mais para desenvolver aspectos do seu talento que tão raramente surgem de uma vez só. Ali vivem do improviso, da mímica, da interajuda, da sagacidade... Goste-se ou não acho que percebo que ali eles se divertem até mais do que o espectador, aprendem e treinam. O argumento que não «cola» é mesmo esse de não ser trabalho para um ator se prestar a fazer, principalmente um com a popularidade do Diogo, a não ser se este andar desesperado por «míseros euros». 


Só posso concluir que é inveja, que no fundo Maria adoraria estar no lugar do Diogo e por isso proferiu essas palavras que provêem tanto dessa inveja da sua popularidade internacional e fama como do pedestal onde a Maria parece ter subido desde que fez uma temporada no brasil e se tornou presença aparentemente regular em produções além-fronteiras. Porque o seu discurso aponta para isso. Desde o julgar que um ator não se pode submeter a trabalhos «populuchos» (logo quem Maria, logo quem....), insinuando que um ator que alcançou o que o Diogo alcançou lá fora por isso já não devia prestar-se a actuar num programa de televisão português como aquele (lol Maria, big lol. Vê-se bem que a temporada no Brasil não te fez entender como por lá os atores usam e abusam dos programas televisivos de entretenimento) e finalmente, para mencionar que são «míseros» os tostões pagos aos atores é porque já se etiquetou com valores bem acima da média.  

A Maria goza de popularidade, admiração e respeito tanto cá quanto aparentemente fora deste país. O público português gosta da Maria. Não devia colocar tudo o que conquistou em risco ao proferir estas e outras palavras amargas e negativas. A Maria sempre pareceu ao olhar do espectador ser uma pessoa bem disposta, simpática e divertida. De bem com a vida, de mente aberta. Tem um rosto imediatamente carismático e simpático. Mas quanto ao que começa assim a revelar, não sei não... 


PS: Entretanto Maria Vieira voltou a responder à entretanto polémica (para mim não foi assim tão grande porque se isto aconteceu Domingo passado e eu não ouvi nada até ler hoje uma notícia numa revista é porque não moveu assim tantas ondas) Ler aqui na integra. No meu entender Maria volta a meter o pé na poça de inúmeras maneiras. Diz ela, por exemplo, que tal como qualquer outra pessoa, tem direito a expressar a sua opinião desde que respeitosa. Pois. E quem diz o que quer, ouve o que não quer - também respeitosamente.

No fundo ela pretende vincar o seu total desprezo e reprovação pelos programas de TV que vivem das figuras públicas a fazer figuras parvas, em particular os atores. Diz que a profissão de ator não serve para isso. Muito bem Maria, pensemos todos assim ou não, é um direito que lhe assiste. Mas o problema está na forma com que expressou essa indignação e ter apontado o Diogo Morgado. Também não vi nenhum programa com pessoas a dar saltos de piscina (agora também tem versão brasileira na TV Globo Portugal), assim como não vi a maioria dos com cantorias ou bailaricos. Mas nem todos são uma descarada montra que visa visibilidade em troca da «alma» profissional. E daí a insultar quem vê este tipo de programa dizendo «tendo em conta o público alvo do programa em causa, sou levada a entender e a perdoar o baixo nível dos mesmos.»... que tiro no pé! 

Teria mais a apontar, mas entendi que no pedestal onde acho que a atriz subiu, jamais vai querer descer. Para nos diferenciar-mos dos outros que fazem saltos na piscina acho que não é preciso ser tão mazinha, mas enfim....  Ah, e espero que tenha falado pessoalmente com o Diogo. 


Adenda:
Hummm.... o que será que Maria Vieira pensa da Daniela Ruah vir a Portugal depois do sucesso nos EUA fazer publicidade à Worten e às águas das pedras? Não foi por míseros euros, certamente. Será esse o pecado de Diogo Morgado? Não cobrar exorbitantes quantias pelo estatuto de estrela entretanto alcançado e se ter prestado a uma participação num programa humorístico... para representar?

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Séries que partilham o mesmo guião

Sabem aquela série americana onde entra uma portuguesa? Não vejo. Não consigo ver essas séries em que um raciocínio é partilhado por várias personagens que dizem uma só frase alternadamente e à vez. Mudo logo de canal.

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Séries que não gostei *01 - LOST


Acabei de deixar um comentário num blogue que ainda hoje, passados não sei quantos anos sobre o final da série LOST, se espantava com o final insatisfatório que a série teve. 

Bom, LOST é uma série de TV americana que tem inúmeros fãs. E eu não me encontro entre eles. À semelhança de muitas outras séries que surgiam naquela altura, seguia uma fórmula que não tinha hipótese de me atrair. Para mim era tão óbvia que indubitavelmente também era desinteressante. 

Vi a primeira temporada, com menos interesse vi também a segunda e depois larguei de vez porque não aguentei mais me submeter ao que considerei uma «esticada» sem propósito artístico. A história devia ter terminado logo na primeira temporada. Ou na segunda, vá lá, para não exceder os limites do aceitável no que respeita ao esticar em exagero histórias com conteúdo limitado que, no fundo, podiam muito bem apenas serem um filme de hora e meia.

E porquê não foi um filme? Bom, com aquela temática muitos filmes já foram feitos. Não teria um impacto tão intenso quanto uma série de TV, pois a temática andava desaparecida dos monitores televisivos. Nem um filme poderia render tanto, pois na TV na altura era onde muitos autores queriam estar, a fazer destas séries «pastilha-elástica», que lhes garantia um bom e contínuo rendimento durante anos e anos, coisa que filmes não conseguem. 

O que me atraíu foi o «pitiching» aludir a algo para o «triângulo das Bermudas». E então andei ali, a rondar, a rondar, a «engolir» cada episódio com dificuldade, a deixar que cada um terminasse com uma baita decepção mas a não levar a mal essa impressão de que estava a ser «enganada» como espectadora e aquilo não ia dar a nada (cada capítulo terminava com um grande mistério ou suspense, o que é do mais cliché que existe como recurso, um anzol que ou funciona ou dá muito errado. No meu caso deu muito errado mas pelos vistos ainda pesca muito peixito por aí). 

Achei muito obvio que aquilo ia decepcionar. Que não ia fazer sentido. Que seria perda de tempo seguir. Deixei de ver e soube que a série ia ter outra temporada, e outra, e outra... mas um dia teria de chegar ao fim. E quando chegasse, aí saberia se a minha intuição teria ou não «razão». Pois acho que teve.

Que finalzinho obvio e decepcionante, não?
Estavam todos MORTOS.... A sério?!?!?
Mas isso entendeu-se logo de início. Qual a surpresa? 

A história junto com as técnicas de filmagem foi só enrolar, enrolar, iludir, inventar com o único objectivo de ESTICAR a trama sem que esta tivesse de ter nexo ou respeitasse o espectador. A motivação para tantas temporadas foi só o adiar o momento em que a conta bancária de todos os envolvidos não ia mais poder contar com o pagamento de serviços prestados*...  

Enfim. Não me vou alongar no repúdio generalista que sinto por estratagemas que visam apenas tirar proveito próprio num quase delírio de vaidade meganomano e uma necessidade egoísta de narcisismo profissional e ânsia por um lugar ao sol, custe o que custar. O espectador e a arte é o que menos importa. Enfim. Será que haverá uma alminha que o entenda?



*Daí alguns atores ficarem «chateados» por as suas personagens «abandonarem» a série «prematuramente» enquanto outras permaneciam por lá sempre. (Até aqui se nota que o que importa são outros critérios que não a relevância das personagens).

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Cheaters - infidelidade no flagra com câmaras por perto

Decerto quem vê regularmente TV ou se interessa por programas que de algum modo fazem furor por este mundo a fora, já viu ou ouviu alguma referência ao programa que sdá pelo nome Cheaters" agora a passar em Portugal no canal de cabo CBS Reality.

E assim sendo sabe que o programa é sem tirar nem por o que o nome já diz: Parceiros que traem o outro parceiro. Aquele que está desconfiado contacta o programa de TV que por sua vez segue e monitoriza a pessoa suspeita filmando e registando tudo. Depois quando sabem que podem contar com o reforço de um flagrante filmado, abordam o queixoso, revelam-lhe as descobertas e partem para a confrontação. Namorados e amante, todos os lados dos triângulos se encontram pela primeira vez.

E aqui pergunto: MAS PORQUE É QUE A PESSOA QUE SE SENTE TRAÍDA ATIRAR-SE AO AMANTE??



A sério, não entendo. A menos que este/a seja um grande idiota e provoque a vontade de plantar um soco para a sua voz parar de atrapalhar, não entendo sequer a sua relevância. Existindo amor entre duas pessoas, ao descobrir que esse amor foi traído, o PORQUÊ deve ser a primeira pergunta a precisar de resposta. Quero dizer, entender deve ser a necessidade primária. Ir para as fuças de quem nem se conhece? Acho que faria mais sentido partir para cima da pessoa que se ama e que traiu esse amor e não ir atrás do "outro", que pode ser qualquer um. Às vezes, até pode ser só mais um... é um insignificante.

Vi poucos destes programas e bastam-me uns para entender o conceito e tirar ilações. A primeira que tiro é que escolheram muito, mas muito bem o homem que apresenta e orienta o programa. Ele consegue ter a postura adequada para cada situação e apresentar os factos de uma forma que não deixa transparecer juízo de valor mas ao mesmo tempo parece apoiar cada um dos intervenientes. De vez em quando durante os confrontos ele sabe dar uns bitaques certeiros, mas continua a não ser partidário. É uma espécie de «consciência» mas sem meter mais lenha na fogueira (não precisa, a própria situação e estrutura do programa já é incendiária o suficiente).


A segunda é que sabe-se quem as pessoas são, por vezes mesmo antes de se saber o desfecho e se aprende sobre a natureza humana vendo cada uma destas pessoas, seus maneirismos, comportamentos e argumentos. Existe aquele que é enganado mas que não é exactamente imaculado de culpa no cartório. Existe aquele que é enganado e que se nota que o iria ser para todo o sempre e existe aquele otário que faz um grande show off das suas suspeitas de traição, insuflando o peito e garantindo que «faz e acontece» e quando em confrontação, não diz nada de jeito, não tem amor pela pessoa e aquilo foi mais uma forma de sair por cima de uma relação, humilhando o outro lado.

Aliás, o pedaço que vi agora foi assim. Um rapaz que já no vídeo de apresentação das suas suspeitas de que a namorada o trai surge a falar cheio de cagança, dizendo que «faz e acontece» se apanhar a namorada com outro. Logo aí achei: "não fazes é nada!". No momento da confrontação este «traído» nem três palavras coerentes lhe saíram da boca. A sua ira parecia circunstancial, não emocional. Avança para o outro tipo, que apanhou em cima da namorada, dá-lhe uns fracotes encontrões e nesses momentos iniciais é praticamente dominado pelo indivíduo. Só quando o amante sai de cena é que o «traído» o segue pelo parque de estacionamento para se armar em vitorioso e gritar mais uns tantos palavrões em voz alta. Mas claro, ficou fácil depois do outro virar as costas... (esse outro desconhecia que se estava a envolver com a namorada de alguém).

Mas não termina aqui. A sua indignação como já disse, não parece sentida. Não tem um comportamento de quem foi emocionalmente ferido. E claro, a atitude da namorada é acusá-lo de a ter traído primeiro. Isto tudo entre poucos argumentos e muitos palavrões (que o editor de som tem de tornar mudos um a um). A resposta deste ao ser desmascarado é: "E tens provas? Eu tenho provas." (gesticulando para as câmaras) - lol.

Vai que aparece uma vizinha. A vizinha do lado com quem a namorada diz que ele andou metido "Nem sequer vais procurá-las longe" - diz ela com alguma verdade. A vizinha defende a rapariga, mete-se entre os dois e é afastada pelo rapaz "cagão" com um empurrão na face vezes e vezes sem conta. Só isso já indica o pouco respeito que um homem tem pelas mulheres em geral. Afastá-las metendo-lhes a mão na cara e empurrando-as... Ainda por cima este namorado traído e revoltado, tinha «pinocado» esta vizinha na noite anterior. Umas meras 24 horas! A sua «reacção» a este novo facto é: "E tu gostaste".  Pobreza de espírito e nenhum discernimento reinava por ali. Para colmatar a cereja em cima do bolo é a suspeita de que afinal o rapaz «traído» e assiduamente traidor, que chamou o Cheaters para descobrir a verdade sobre a fidelidade que cobrava mas não oferecia, podia também ser gay e na realidade se interessar sexualmente por homens. WTF...?? (piiii)


Mas um dos casos que vi e achei fascinante - calhou ser o primeiro que acompanhei. Um marido procura o Cheaters para saber se a esposa o trai. Eles têm uma boa vida financeira, uma boa casa, carros, dinheiro, ele gosta dela, diz que o que mais gosta nela é que ela está sempre bem arranjada, tem boa aparência, um cabelo tratado, enfim, cuida de si mesma e ele gosta disso. Diz que não lhe falta nada, namorados de liceu que se casaram cedo, ela ficou em casa sem trabalhar - ambos concordaram com isso já que ele ganhava bem pelos dois. Mas a mulher andava diferente, não demonstrava tanta vontade de o ter por perto, parecia distante e ficava muitas vezes fora de casa até tarde da noite, em saídas com amigas.

Lá vai a equipa dos Cheaters seguir esta mulher. Linda, bem apresentável, andava na companhia de um homem mal vestido, que se veio a descobrir não ter emprego nem posses e vivia num contentor como o sem abrigo que era. Ao volante do carro dela, um mercedes, este homem pára num beco, sai do carro, sobe para dentro de um contentor de lixo e remove do interior algumas coisas, entre as quais um casaco de peles roto. Coloca-o às costas da mulher, que o abraça e beija, aparentemente feliz. E os dois seguem caminho até o contentor/moradia, onde fazem amor num colchão improvisado.

E é neste ambiente que se dá o flagrante. O marido ao perceber que está a ser traído e que o outro é um sem abrigo, acho que aquilo foi um golpe tremendo para a sua vaidade. Ele dava-lhe tudo e ela trai-o com um tipo que nem tem casa onde morar e sobrevive de comida do lixo?

Na confrontação sente-se que existiu em tempos uma união de amor e esperança mas estava agora alterada por uma barreira entretanto erguida que nenhum conseguia derrubar. Existia uma falta de diálogo por, a meu ver, o homem ter ideias muito fixas e não entender que a abordagem para o entendimento devia ser escutar. A esposa dizia-lhe que ele não a escutava. Ele dizia que ia escutar mas o seu comportamento fugia sempre para a acusação e para o "eu". "não te dou eu tudo?", "não tens tudo o que queres?", "já te neguei alguma coisa?" - ela a querer falar de emoções, ele a falar de bens materiais, de estatus e a não entender que já estava a tratá-la como um objecto fazia algum tempo.

Mas ela ainda lhe deu uma chance de falarem. Aceitou ir para dentro do carro com o marido, para conversarem. Só que este não soube ouvir o que ela estava a tentar dizer. Que ele não lhe dava atenção, que chegava tarde a casa, que ela se sentia sozinha e que precisava de se sentir amada, que não foi aquela vida que eles tinham prometido um ao outro, que ela não liga para dinheiro. Mas ele não ouviu e argumentou exactamente o dinheiro que lhe dava para andar bonita, ir ao spa, conduzir um mercedes...

Nesse instante em que percebe que os seus argumentos vão continuar a não chegar até ele a esposa decide sair do carro, dando a conversa por terminada. O marido tem então um gesto que infelizmente é baixo: exige-lhe que lhe devolva a chave do carro que foi comprado com o dinheiro dele. E quando a esposa lhe dá a chave e a aliança e se prepara para sair da viatura ele agarra-lhe o casaco e diz-lhe que também é dele. Ela aceita sem pestanejar que este lhe remova o casaco e lhe devolva a nudez. A mulher tinha sido flagrada em pleno acto sexual, estava nua, no meio da rua, com as câmaras a filmar a discussão e a nudez. Calhou às tantas o marido lhe estender o casaco para que se cobrisse. Mas já que ela lhe virava as costas, ele reclama-o de volta. É mesquinho. Mas pronto, no calor do orgulho ferido, as pessoas podem ser baixas nas atitudes. Cá fora, o amante, num gesto rápido e protector, pega-a ao colo e leva-a de volta para a «nossa casa».

De facto não dá mesmo para adivinhar quem as pessoas são pela aparência. E por vezes nem pelo lugar onde estas moram dá para supor que o carater é tão feio quanto os lugares. Ou tão bonito...


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Vi e gostei!

Percebe-se de imediato que a ficção portuguesa tem futuro, pernas para andar e asas para voar quando se depara na televisão com um filme como "Assim, assim".

Deixem-me primeiro fazer a primeira (e injusta) crítica. Quando escutei a promo do filme pensei desta forma do título:

-"Assim, assim? Mas quem é que dá um título destes a um filme? É que já está a conotá-lo e a condená-lo a uma avaliação. O que achas do filme? É assim-assim. Gostas-te? É assim-assim." - péssimo título. Tão mau como comer, amar e orar - embora este ainda suscite mais interesse. Mas como faz a "sinopse" de toda a história, nem dá gosto de ir espreitar, já revelou tudo. Entendem? Mas isto é a minha opinião sobre o TÍTULO das obras. E mantenho-a.

Agora, como também não se avalia um livro pela capa, o mesmo se pode dizer de um filme pelo título. E este "assim, assim" (ainda me custa pronunciar um título destes, só calhava bem a uma comédia disparatada) é bem bom. Ora, aqui está um título mais adequado (embora soe mais a filme maroto ou, claro, "comédia disparatada")

Os diálogos não são bons. São perfeitos. Uma cópia perfeita das muitas e muitas conversas que ocorrem por este país numa cidade cosmopolita. Para as várias situações retratadas a avaliação é a mesma. Tudo começa com uma conversa de esplanada, entre mesas diferentes. Alguns suspeitariam que se trataria de um casal mas obviamente existem "n" casos iguais e só no final o autor esclarece de vez a dúvida. Segue-se um interessante relato em volta da palavra "foder" - bom, não é bem assim mas não quero relatar cada história retratada no filme. Achei uma graça particular à cena no consultório médico, pela fidedignidade retratada. Adorei a treta do "racismo", da homossexualidade e da infidelidade. Em suma: são diversas situações interessantes, todas elas conversas que já se escutaram, por aquelas mesmas palavras, aqui e ali (ora aqui está ainda mais outro título que não sendo ideal ainda assim seria mais apropriado). E é por se conseguir reunir essas palavras com fidelidade e por se conseguir retratá-las com autenticidade que este filme prima pela excelência.

O que daqui resulta?
Bom, uma pessoa meio "alienada" por títulos (é verdade...) ou nomes (pois... ironia) como eu se calhar numa próxima quando escutar novamente o nome do realizador/autor do filme se calhar vai pensar:
-"Opá, deixa cá apoiar o cinema nacional comprando um bilhete!"

















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