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Vi e gostei!

Percebe-se de imediato que a ficção portuguesa tem futuro, pernas para andar e asas para voar quando se depara na televisão com um filme como "Assim, assim".

Deixem-me primeiro fazer a primeira (e injusta) crítica. Quando escutei a promo do filme pensei desta forma do título:

-"Assim, assim? Mas quem é que dá um título destes a um filme? É que já está a conotá-lo e a condená-lo a uma avaliação. O que achas do filme? É assim-assim. Gostas-te? É assim-assim." - péssimo título. Tão mau como comer, amar e orar - embora este ainda suscite mais interesse. Mas como faz a "sinopse" de toda a história, nem dá gosto de ir espreitar, já revelou tudo. Entendem? Mas isto é a minha opinião sobre o TÍTULO das obras. E mantenho-a.

Agora, como também não se avalia um livro pela capa, o mesmo se pode dizer de um filme pelo título. E este "assim, assim" (ainda me custa pronunciar um título destes, só calhava bem a uma comédia disparatada) é bem bom. Ora, aqui está um título mais adequado (embora soe mais a filme maroto ou, claro, "comédia disparatada")

Os diálogos não são bons. São perfeitos. Uma cópia perfeita das muitas e muitas conversas que ocorrem por este país numa cidade cosmopolita. Para as várias situações retratadas a avaliação é a mesma. Tudo começa com uma conversa de esplanada, entre mesas diferentes. Alguns suspeitariam que se trataria de um casal mas obviamente existem "n" casos iguais e só no final o autor esclarece de vez a dúvida. Segue-se um interessante relato em volta da palavra "foder" - bom, não é bem assim mas não quero relatar cada história retratada no filme. Achei uma graça particular à cena no consultório médico, pela fidedignidade retratada. Adorei a treta do "racismo", da homossexualidade e da infidelidade. Em suma: são diversas situações interessantes, todas elas conversas que já se escutaram, por aquelas mesmas palavras, aqui e ali (ora aqui está ainda mais outro título que não sendo ideal ainda assim seria mais apropriado). E é por se conseguir reunir essas palavras com fidelidade e por se conseguir retratá-las com autenticidade que este filme prima pela excelência.

O que daqui resulta?
Bom, uma pessoa meio "alienada" por títulos (é verdade...) ou nomes (pois... ironia) como eu se calhar numa próxima quando escutar novamente o nome do realizador/autor do filme se calhar vai pensar:
-"Opá, deixa cá apoiar o cinema nacional comprando um bilhete!"

















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