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Bom argumento e referências inteligentes - SV


Não há dúvida que as primeiras séries de Smallville são muito boas!

Nunca imaginaria que ia ficar tão agradavelmente agarrada e admiro ainda mais a série por me voltar a "prender". É sinal que a qualidade que lhe atribui anos antes não era fruto do meu fascínio, mas algo real. Está lá e qualquer pessoa pode experimentar para ver se lhe acontece o mesmo.

O "truque" está em fazer com que cada episódio comece no auge. É o chamado gancho. Nunca vi um que agarrasse tão bem quanto os de Smallville. São muito eficazes. É admirável a forma como as cenas estão dirigidas. Sei que Tom Welling, protagonista da série, passou a dirigir alguns episódios lá mais para meio e foi responsável por muitos da última temporada. Mas a experiência dos muitos que lhe antecederam e que fizeram as primeiras temporadas é admirável. Tinham ali uma boa equipa!

Acabei de ver o "gancho" de um dos episódios e nada se perde, nem sequer a ironia de Jonathan (John Scheneider) ir na sua carrinha a escutar música country. Nada mais normal e apropriado para o agricultor, certo? Pois! Mas o humor subtil desta cena é que a música que está a passar na rádio é o tema de abertura da antiga série dos anos 70 "The Duques of Hazzard", protagonizada por um então jovem louro rapaz, de apenas 19 anos: o próprio John Scheneider! Gosto quando se cruza, desta forma inteligente, referências de outras séries ou filmes numa obra totalmente diferente. Desde que feito com inteligência e combine com a história, como é o caso.

O primeiro filme a "brincar" totalmente com este conceito foi "Aeroplano" (1980), que ironizava com muitos dos clichés das histórias de filmes e utilizava o humor para reproduzir cenas memoráveis. Acabou por ser um marco por si mesmo e teve direito a sequelas (Aeroplano 2 - 1982). As pessoas gostam deste cruzar de referências!

Noutro dia estava a ver um filme com Julia Roberts, em que ela faz o papel de um soldado que está num avião rumo a "um compromisso inadiável", numa curta visita a "alguém muito especial". Está com pressa e não pode atrasar-se, pois tem de voltar ao sítio de onde estava a sair. Ficamos a saber de tudo isto durante a conversa que a sua personagem estabelece com o homem que viaja a seu lado. Já no aeroporto, este homem cede-lhe a sua limusine para a conduzir ao destino, uma vez que não existem transportes. No caminho, e aqui é que está a piada, o motorista atravessa a rua Rodeo Drive e pergunta à ocupante (Julia Roberts) se alguma vez esteve ali naquela zona, onde se fazem compras. Ela responde:

- "Once. A long time ago. It was a mistake. A udge! Udge mistake!" - fazendo assim referência não só à cena mais memorável do filme "Pretty Woman", que tornou a actriz célebre, como ainda inserindo o diálogo dessa cena!

É este tipo de criatividade inteligente que gosto de encontrar em filmes e séries. E Smallville tem-na, tal como o comprova esta subtil referência à personagem "Bo" e aos "Dukes of Hazzard", apenas por se colocar Jonathan a escutar aquela música na rádio.

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Smallville - estou a (re)ver


Sim, voltar a ver os primeiros episódios de Smallville é muito agradável.
Aquilo está tão bem feito!

Clark é um adolescente e, como qualquer outro adolescente, está um pouco à mercê das hormonas. Quando se sente excitado por ver Lana, ou contente por uma conquista no futebol, vão aparecendo-lhe alguns poderes. E é vê-lo a correr atrás dos pais a pedir ajuda:
- "Pai! Mãe! Quando acordei hoje de manhã estava a levitar"!
- "Pai! Mãe! Tenho uma estranha dor de cabeça e a seguir consigo ver através de objectos"!

Perdido, ele não sabe o que fazer com estas suas capacidades e os pais, com a maturidade dos adultos, ajudam sempre:
- "Calma Clark. É normal. Só tens de aprender a lidar com isso".

Clark não tem muita fé nisso, mas os pais, por mais absurdo que seja mais um novo poder que o filho, assustado, lhes conta possuir, a tudo reagem com calma. Como se fosse normal um rapaz levitar, ter visão raio-x, deitar fogo pelos olhos, ter super-velocidade e por aí adiante. Mas o que transparece é a maturidade de quem sabe que a aflição não leva a nada e, com o tempo, aprende-se a viver com o que se tem e, com sorte, aprende-se a tirar o melhor proveito disso.

Mas não é só esta parte da história que vale a pena ver. Todas as paralelas são importantes também. Lana tem a sua própria odisseia emocional para atravessar, não fosse também ela uma adolescente. Anda à procura da sua identidade, à medida que lida com o facto incontornável de ser órfã e ter saudades da mãe, que procura conhecer pelas pessoas que a conheceram ou pelas coisas que a mãe lhe deixou. Entre elas, um colar com uma pedrinha de kriptonite. Como qualquer adolescente, às tantas precisa de uma mudança de rumo e vai à procura de um sentido para a sua vida: desiste de ser cheerleading na escola (espécie de ginástica acrobática exclusiva do futebol americano, tida apenas como uma simples actividade de claque, mas com grande exigência física) e decide ir servir às mesas num café, depois das aulas. Não é lá muito boa nisso, parte uns quantos copos e é dispensada. Aceita o facto e aprende com a experiência.

E não é isto que é crescer para virar adulto? Fazer as escolhas que a intuição nos diz para fazer, aprender com a experiência e ter maior certeza do rumo para onde se quer (ou não se quer) ir. Isto é crescer. E viver!

Esta densidade do enredo entusiasmante de assistir é ainda mais louvável porque nenhuma outra personagem deixa de ser mais desenvolvida porque a principal conta mais. Todas, desde Lex, de quem tantas vezes sentimos pena, a Martha e Jonathan, Cloé e Pete - cada uma é bem desenvolvida e está inserida na história.

E o humor é inteligente, logo, irresistível. Neste particular episódio, Clark descobre que consegue ver através de pessoas e objectos. É um segredo que ele guarda e que o está a afligir muito. Por graça do destino, as pessoas vão ter com ele e no meio de banais conversas, dizem aquelas frases feitas, que todos nós utilizamos como ironia ou para reforçar um ponto de vista, sem saberem que, para Clark, "Estás a ver coisas!" ou "Parece que consegue ver através de mim!" não são simples expressões, mas um facto! E é irónico! Tem humor. Porque a interpretação dá-lhe a conotação certa e o guião foi construído na perfeição.

Uma história com tanta qualidade deixa sempre umas tantas aprendizagens valiosas no ar. Clark aprendeu esta:
- "Mãe, se pudesses ver o que quisesses, o que farias?"
- "Aprendia a fechar os olhos."


Super!

English version:
To see the first episodes of Smallville is actually very nice.
They're so well done!

Clark is a teenager and, like any other teenager, is somewhat at the mercy of his hormones. When he feels excited to see Lana, some powers pop-up. He then runs to the persons he knows he can rely: his parents!
- "Father! Mother! When I woke up this morning I was levitating"!
- "Father! Mother! I have a strange headache and then I can see through objects"!

Lost, he does not know what to do with these capabilities and his parents, with the maturity of adults, are always helpful:
- "Take it easy Clark. It's normal. You just have to learn how to deal with it."

But Clark doesn't think it's normal and doesn't show much enthusiasm. However, his parents, no matter how absurd is the new power that Clark shares with them, always help by keeping it "normal". As if it was normal for a teenager to levitate, have X-ray vision, throw fire with his eyes and so on...
Martha and Jonathan Ken know that distress leads to nothing and what is important is to learn how to live with what you have and, hopefully, learn to make the best of it.

But not only this part of the story is worth watching. All parallels ones are important as well. Lana has her own emotional odyssey to cross, she's also a teenager, searching for her identity. Has an orphan, she missis her mother and seeks to know a little more about her trough the people who knew her and the things she owned. Among them, a necklace with a stone kryptonite. Like any teenager, sometimes she feels the need to change the direction of her live and goes in search of some other meaning. She quits school cheerleading (kind of acrobatics gymnastic exclusive to football matches, taken only as a simple activity of cheerleading, but with high physical demands) and decides to serve tables in a cafe after school! Not very good at it, she brakes a few cups and it's desmissed. She accepts it, learns from the experience and decides to return to cheerleading.

Isn´t this growing up to become an adult? Making choices that intuition tells us to do, learn from the experience and realize from it what direction one wants (or not) to go. This is growing. It's living!

This plot density is what makes Smallville so exciting to watch and is even more commendable because no other character ceases to be further developed because the Clark is what counts most. All, from Lex, who so often makes us feel sory for him, Martha and Jonathan, Chloe and Pete - each one is so well developed that this engraces the story.

Smallville has a intelligent humor and that is what makes it so irresistible. In this particular episode, Clark discovers he can see through people and objects. It's a secret that he holds to himself and it is distressing for him. By the grace of fate, people come to him and in the middle of conversations, say some phrases, which we all use as irony or to reinforce a point of view, not knowing that to Clark, saying that: "You are seeing things!" (m: imagening) or "It seems that you can see through me!" (m: you know me well) are not simple expressions, but a reality! And it's ironic! It has humor. Along with Tom's (Clark Kent) interpretation and the quality script, it is perfection.

A story with such high quality always leaves some valuable lessons. This time Clark learned this:
- "Mom, if you could see what you wanted, what would you do?"
- "I'll learned to close my eyes."

Perfect!

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Smallville rertorna na FOX

Estava a fazer zapping à procura de um bom filme ou série, mas nada me prendia a atenção. Até que surge algo que faz crescer o meu interesse. Ás tantas na história, tenho a sensação que já vi "aquele filme" antes. Mas é quando a cena termina e surgem os primeiros acordes da música "Somebody save me!", que percebi: é Smallville!

Após exibir o último episódio desta série que teve 10 épocas, a Fox voltou ao início e está a passar as aventuras do "Super-homem" desde o primeiro episódio!

E sabem o que mais? É tocante!
Volta a ser emocionante ver esta série.
Ainda por cima, voltou a cativar-me da mesma forma que o fez 10 anos antes: com a super aditiva história naquele início.

Além da qualidade cinematográfica, é emocionante voltar a ver aqueles rostos, tal e qual como começaram nesta aventura. E deixem-me dizer que Tom Welling era muito sexy! Talvez mais do que actualmente, o que é raro nos rostos masculinos. Sim, era um "miúdo" todo fofinho, que desperta as melhores emoções com aquela sua interpretação do bondoso e adolescente Clark Kent.

Recomendo que voltem a sintonizar Smallville na Fox para acompanhar esta aventura desde o início. Dez anos é algum tempo, pelo que alguns eram demasiado novos para terem tido a oportunidade de ver como tudo começou. Existe qualidade, muita qualidade para uma série televisiva que inclui fantasia. A começar pela realização/produção. Hoje isso é mais comum mas penso que era um pouco menos vulgar ver esta qualidade de efeitos especiais em produções televisivas. Hoje, a TV domina! Já não mais é alvo do preconceito que dominou os seus anos de reinado no século XX. Hoje, conceituados actores de cinema e teatro já não consideram degradante a transição pela televisão, como se isso confirmasse uma descida de "valor comercial". Hoje, fazem de tudo por um papel numa série ou novela! Falo dos actores americanos como Dustin Hofman ou Gleen Close (séries) e dos nossos "tugas" (novelas e séries), que já não andam de nariz empinado para a televisão enquanto louvam os deuses do teatro. :)

Toca a ver pessoal!

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