77777777777777777777777777777777777

RSS
Olá Baby. Com tecnologia do Blogger.

O que confessas?


Encontrei na internet uma página com vários canais de televisão. Fiz zapping por todos e acabei por parar em "Unreliable Sources", canal americano, onde estava a passar um programa ao vivo de nome Confessions.


Um homem e uma mulher da rádio emitiam também para a TV em direto, sentados numa esplanada de um pub, telefonemas de espectadores. Tudo o que as pessoas tinham de fazer era ligar para confessar qualquer coisa.


E para meu espanto, confessam só coisas más. Confessam coisas ridículas e negativas sobre si mesmas, sem um vestígio de remorso ou consciência. E para quê? Passam um atestado de mediocridade e estupidez só para escutarem por apenas uns breves segundos as suas vozes a sair de um aparelho electrónico. Telefonam, dizem como se chamam e identificam onde moram. As «confissões» foram as seguintes: "Eu traio a minha esposa/namorada", "Eu ando a enganar a minha namorada e já contei 28 traições", "Eu dormi com a irmã da minha mulher", "Eu sinto-me atraido pela nova esposa do meu irmão e acho que ela sabe porque faz uns avanços", "Eu dormi com o marido da minha irmã e ele não sabe, porque somos parecidas. E foi muito bom, foi óptimo!", "Eu quero pedir desculpa à minha ex-esposa, à Tifany, à Candy, à Louise e também à Betty, à Mary, à Lucy.... A minha ex-mulher já não quer saber de mim. Depois de viver comigo ela diz que prefere mulheres". 

Sinceramente, depois dos exemplos de macho que ligaram para o programa, só acharia muito bem se as mulheres locais virassem todas fufas.

A maioria dos que ligaram mal sabiam falar o próprio idioma. Demoravam-se até colocarem uma sílaba em frente da outra. Muitas pareciam sob o efeito de drogas, tal era a incapacidade e o arrastar da fala. Não tão poucas vezes quanto isso, o apresentador desligava a chamada na cara das pessoas. Uma destas ligou novamente, quando lhe perguntaram o nome ele respondeu que era melhor não dizer porque já tinha ligado e podiam desligar-lhe novamente a chamada e pimba! Foi o que o apresentador fez.


Eu acho que eles estão a brincar com o fogo. Por um programa sem eira nem beira, arriscam-se a que apareça um com uma espingarda e aproveite que os apresentadores estão bem iluminados pelas luzes para lhes dar um tiro certeiro no meio da testa. É que os animadores anunciavam onde estavam localizados e pediam aos locais para aparecerem, que ganhavam uma t-shirt grátis. Mas atiravam-na para o ar, sem ver bem a quem, porque as luzes dos holofotes ofuscavam tudo. Ora, se isto não são dois veados encadeados pela luz do farol.... Era só disparar. E estão na terra certa para isso: Arkansas. A tratar as pessoas já de si más da cabeça, com descaso, desconsideração ou gozo. Sinceramente, a maioria dos que ligaram eram parolos. Gente pouco instruída, quase primária, que mal sabe comunicar via verbal e age por instinto de vontade. Ora para saciar o sexo, ora para saciar ímpetos de violência. "Eu voltei à escola e estou a trair a minha mulher. Eu acuso-a de estar a me trair, mas no fundo sei que não é verdade. Vim nos jornais há uns dias, porque a esfaqueei com uma chave de fendas". 

Este é o tipo de pessoa que ligou. Sinceramente, a América tem mesmo de tudo! Não invejo ninguém que viva na américa.



English version:
I was zapping on the web when I came across this TV show. It's name was "Confessions". A man and a good looking woman sitting  at night on a bar's porch, alive to TV. All they do is receiving phone calls and ask: "What's your confession?".

And people called, without stopping, just to listen to their own voices on TV. The stupidity of it all is that for "confessions" people clearly understood they should share something bad. Because that's all they did. Call after call, they "confessed" to be cheating on their spouses, to try and kill them and so on. About every and each one was about sex. Cheating, wanna to cheat with a sibling spouse, etc.

It was quite awful. Most of the callers didn't seem to be all that bright. Some could not even put a word after another. They sounded drugged. If that is what is there in America, omg! No wonder there's so much violence out there. I do not envy anyone of america origin. I can even better understand why woman turn to other woman instead of getting more patience to go and find a good man. Does it even exists?

I also find that the hosts pushed it to far. They would make fun of a caller, hung up on them, etc. At the same time, they would repeatedly tell them all to come to them out there in a bar's porch that they would receive a T-shirt. But the hosts were not able to see anyone approaching, since the powerful lights blind them. I just though they were pushing it and it would be so easy for one crazy angry person who felted injured and mistreated to reach for his gun and go there to kill them. I mean: they were just lightening up enough for it! Clear shot.











  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Harem (1986) - a melodia como protagonista


Quando ainda era um niquito de gente, no tempo hoje apelidado de "anos 80", altura em que a televisão só tinha dois canais, a RTP anunciou com pompa e circunstância uma estreia: um telefilme de "qualidade" baseado em "factos reais", de nome Harem.

A história «real» de uma jovem noiva que é raptada no dia do seu casamento e é vendida para o harém de um sultão. Lembro-me da atriz principal e vagamente da história. Recordo sentir o perigo, de temer os desfechos, mas ao mesmo tempo perceber que algo também não estava bem na sociedade que a jovem raptada deixava para trás. 

Até hoje recordo desta obra. 
Na verdade, recordo-a porque nunca esqueci a melodia principal do filme.

A música, uma bela peça instrumental, ficou para sempre na minha memória. Ao longo dos anos tive momentos em que a cantarolava. Tal como outras absorvidas nesses idos anos 80, parecem ter a capacidade de colar num lugar no cérebro que nunca mais se esquece.

O saudosismo fez-me desejar que a série voltasse a dar na televisão. Só para voltar a escutá-la. Desta vez num aparelho, não só na minha cabeça ou no meu cantarolar. Mas o telefilme deve ter sido daqueles que passou uma vez, se calhar outra quase depois, e nunca mais regressou. Nem sequer anos depois, numa qualquer sessão "nostalgia".

Surgiram mais canais nacionais em Portugal, apareceu a televisão por satélite, e depois a televisão por cabo. Ficamos todos com acesso a vários canais mundiais. Mas este filme televisivo nunca mais foi transmitido.

A música, como disse, jamais esqueci. Para mim ela é tão protagonista quanto os protagonistas. Tem uma presença própria e dá muito ao telefilme. Que me lembre, este tipo de protagonismo de uma melodia só encontra equivalência nos famosos acordes de John Williams, no filme "Tubarão". Na altura da exibição tentei gravá-la de imediato (era um passatempo meu), mas acabou por sobreviver só uns framezinhos do genérico final. Genérico esse 'pintado' pela instrumental, mas numa composição por vezes menos agradável aos meus ouvidos. A melodia, tanto era tocada num tom vitorioso, quanto reflexivo e romântico. No genérico passavam o aventureiro. 

Ao contrário de quase todas as melodias que entram em filmes e séries de televisão, não parece existir qualquer banda sonora. Não ficou gravada em parte alguma, não existem discos ou cds. Os anos passaram e trouxeram novas tecnologias. Graças a estas, foi-me possível usar a internet para procurar informações sobre Harem. Mais uma vez, por sentir saudades da melodia. Mas as que obtive há uns anos foram escassas. Nome, data de produção e pouco mais. Alguém me apresentou ao fantástico mundo dos torrents, e lá fui eu pesquisar Harem. Encontrei o telefilme. Mas com uma péssima qualidade. Só que entretanto apareceu o youtube! Como é que não lembrei disso antes? (ou será que lembrei?). Lembrei, mas nada encontrei. Até hoje

Ao contrário do que se possa imaginar, não foi fácil descobrir quem é o autor da melodia. Surpreendentemente o seu nome não vem mencionado nos créditos. Nem no site do IMDB... ou qualquer outro que providencie a ficha completa de filmes. Fenomenal como é, apelativa, parece ter tido o nome do autor obliterado de tudo o que é lugar, relegado ao esquecimento de tão pouca foi a importância que lhe deram. 

Mas o mundo gira, a internet aumenta o seu espólio e hoje, por meio de um fórum com uma postagem feita somente há 2 meses, soube finalmente quem supostamente compôs a trilha do telefilme: John Scott. Ele fez inúmeras melodias para os mais diversos filmes. Provavelmente todas são fáceis de encontrar na internet, no youtube, no itunes... Mas não Hárem. Essa, só mesmo assistindo o telefilme para poder apanhá-la junto com a mistura de outros sons e diálogos. O que não faz tanto jus à mesma.

Então cá fica o telefilme, sim, porque o Youtube não o tinha até seis meses atrás! Agora, passados 30 anos, finalmente, pude recordar. Aproveitem, enquanto ninguém o tira. E depois digam lá se a melodia não é cativante?

Escutar a melodia na abertura antes do título e aos 1h26m.43s


English Version:

Long time ago, wile in the 80's I saw a television movie called Harem. I immediately got hook on the opening song title. Until this day I can hum it. I've never forgot it. During this 30 years I've search now and then for information about the movie, about the melody and I hoped it would go on television again. After all, so many things changed since the 80's! More TV channels, the personal computer... And the main change was technology such has internet that allow everyone to have almost immediate access to information very hard to find back in the 80's.  

On internet I found a thing call torrent, and about 10 years or so, I found it. The movie, I mean. But such poor quality I could not watch it. About the melody, I still could not find anything. Hoping that the movie-mania and movie-soundtrack mania would result in a finding, I search and search, I google it, but... nothing.

Until now. Thanks to a amazing forum with a post dated from 2 mouths ago. The opening song, and the movie title song was made by the composer John ScottNow a 85 British composer, with many movie melodies widely know, except for this one, I cannot imagine how come! Did he himself dislike it?

Well, I would like him to know that someone far away enjoy it so much that until this day remembers it, although it has listen to it just one time, when the tv movie was shown on public television, back in the 80's or so. I do enjoy it! It's just right there with all the great ones.


  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS