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Olá Baby. Com tecnologia do Blogger.

Dominó - uma série sobre crimes em Portugal?

 

Apreciadora de documentários sobre crimes reais, tenho dificuldade em encontrar algo que já não tenha visto umas 110 vezes. Fazendo zapping pelos canais dessa temática, encontrei um novo programa chamado Dominó, no canal AMC Crime. A sinopse indicava ser sobre crimes em Portugal. 

Uma produção nacional, portanto. Tive curiosidade e carreguei. A vantagem de ver para trás é que salta-se o bloco publicitário e assim, fui parar algures no início do programa. Estava séptica mas ansiosa por ver uma produção bem fundamentada sobre esta temática, embora não acreditasse que fossem fazer esse tipo de investimento financeiro. (Afinal é um podcast. Micros e duas pessoas sentadas em estúdio, claro). 

Ligo no programa e o que me aparece? Com direito a oráculo e tudo?
Sandra Felgueiras - com o seu nome escarrapachado no rodapé, a falar dela mesma. "Eu sempre quis ser jornalista. Os meus pais sempre brincaram muito comigo. Porque eu, desde miúda, já contei esta história repetida..."

DESLIGUEI. 


Já não me interessou ver o programa. Pode ser que seja um caso de "santos que não se cruzam" mas juro-vos: cada vez que esta pessoa me aparece na frente emite uma forte sensação de narcisismo "eu, eu, eu, eu" que me incomoda e mudo logo de canal. Isto de querer ser celebridade dentro de uma area, de ter programas com o seu nome no título e de estar sempre a se autopromover com adjectivos elogiosos... não gramo. 

"Eu sempre quis ser jornalista. Os meus pais sempre brincaram muito comigo. Porque eu, desde miúda,contei esta história repetida..."

Onde está o crime?
Sobre o que era?
Pois. Também não sei. 
O crime é o crime de narcisismo e de auto-promoção à pala da tragédia alheia.

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El Chapo de Diane Sawyer


Abc2020 é o nome de um outro programa de Diane Sawyer que continua no seu registo de entrevistadora de casos polémicos e intrigantes. Achei este de há poucos dias especialmente interessante. Faz reflectir bastante sobre as questões da vida. Os maus são maus, os bons são bons... mas pelo meio há uma linha em que tudo se mistura.

O caso da estrela mexicana de televisão, o ator famoso de hollywood e o maior criminoso de droga. Todos juntos, num convívio amistoso. Nem novela - mexicana - faria melhor, eheheeh!

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O que confessas?


Encontrei na internet uma página com vários canais de televisão. Fiz zapping por todos e acabei por parar em "Unreliable Sources", canal americano, onde estava a passar um programa ao vivo de nome Confessions.


Um homem e uma mulher da rádio emitiam também para a TV em direto, sentados numa esplanada de um pub, telefonemas de espectadores. Tudo o que as pessoas tinham de fazer era ligar para confessar qualquer coisa.


E para meu espanto, confessam só coisas más. Confessam coisas ridículas e negativas sobre si mesmas, sem um vestígio de remorso ou consciência. E para quê? Passam um atestado de mediocridade e estupidez só para escutarem por apenas uns breves segundos as suas vozes a sair de um aparelho electrónico. Telefonam, dizem como se chamam e identificam onde moram. As «confissões» foram as seguintes: "Eu traio a minha esposa/namorada", "Eu ando a enganar a minha namorada e já contei 28 traições", "Eu dormi com a irmã da minha mulher", "Eu sinto-me atraido pela nova esposa do meu irmão e acho que ela sabe porque faz uns avanços", "Eu dormi com o marido da minha irmã e ele não sabe, porque somos parecidas. E foi muito bom, foi óptimo!", "Eu quero pedir desculpa à minha ex-esposa, à Tifany, à Candy, à Louise e também à Betty, à Mary, à Lucy.... A minha ex-mulher já não quer saber de mim. Depois de viver comigo ela diz que prefere mulheres". 

Sinceramente, depois dos exemplos de macho que ligaram para o programa, só acharia muito bem se as mulheres locais virassem todas fufas.

A maioria dos que ligaram mal sabiam falar o próprio idioma. Demoravam-se até colocarem uma sílaba em frente da outra. Muitas pareciam sob o efeito de drogas, tal era a incapacidade e o arrastar da fala. Não tão poucas vezes quanto isso, o apresentador desligava a chamada na cara das pessoas. Uma destas ligou novamente, quando lhe perguntaram o nome ele respondeu que era melhor não dizer porque já tinha ligado e podiam desligar-lhe novamente a chamada e pimba! Foi o que o apresentador fez.


Eu acho que eles estão a brincar com o fogo. Por um programa sem eira nem beira, arriscam-se a que apareça um com uma espingarda e aproveite que os apresentadores estão bem iluminados pelas luzes para lhes dar um tiro certeiro no meio da testa. É que os animadores anunciavam onde estavam localizados e pediam aos locais para aparecerem, que ganhavam uma t-shirt grátis. Mas atiravam-na para o ar, sem ver bem a quem, porque as luzes dos holofotes ofuscavam tudo. Ora, se isto não são dois veados encadeados pela luz do farol.... Era só disparar. E estão na terra certa para isso: Arkansas. A tratar as pessoas já de si más da cabeça, com descaso, desconsideração ou gozo. Sinceramente, a maioria dos que ligaram eram parolos. Gente pouco instruída, quase primária, que mal sabe comunicar via verbal e age por instinto de vontade. Ora para saciar o sexo, ora para saciar ímpetos de violência. "Eu voltei à escola e estou a trair a minha mulher. Eu acuso-a de estar a me trair, mas no fundo sei que não é verdade. Vim nos jornais há uns dias, porque a esfaqueei com uma chave de fendas". 

Este é o tipo de pessoa que ligou. Sinceramente, a América tem mesmo de tudo! Não invejo ninguém que viva na américa.



English version:
I was zapping on the web when I came across this TV show. It's name was "Confessions". A man and a good looking woman sitting  at night on a bar's porch, alive to TV. All they do is receiving phone calls and ask: "What's your confession?".

And people called, without stopping, just to listen to their own voices on TV. The stupidity of it all is that for "confessions" people clearly understood they should share something bad. Because that's all they did. Call after call, they "confessed" to be cheating on their spouses, to try and kill them and so on. About every and each one was about sex. Cheating, wanna to cheat with a sibling spouse, etc.

It was quite awful. Most of the callers didn't seem to be all that bright. Some could not even put a word after another. They sounded drugged. If that is what is there in America, omg! No wonder there's so much violence out there. I do not envy anyone of america origin. I can even better understand why woman turn to other woman instead of getting more patience to go and find a good man. Does it even exists?

I also find that the hosts pushed it to far. They would make fun of a caller, hung up on them, etc. At the same time, they would repeatedly tell them all to come to them out there in a bar's porch that they would receive a T-shirt. But the hosts were not able to see anyone approaching, since the powerful lights blind them. I just though they were pushing it and it would be so easy for one crazy angry person who felted injured and mistreated to reach for his gun and go there to kill them. I mean: they were just lightening up enough for it! Clear shot.











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Harem (1986) - a melodia como protagonista


Quando ainda era um niquito de gente, no tempo hoje apelidado de "anos 80", altura em que a televisão só tinha dois canais, a RTP anunciou com pompa e circunstância uma estreia: um telefilme de "qualidade" baseado em "factos reais", de nome Harem.

A história «real» de uma jovem noiva que é raptada no dia do seu casamento e é vendida para o harém de um sultão. Lembro-me da atriz principal e vagamente da história. Recordo sentir o perigo, de temer os desfechos, mas ao mesmo tempo perceber que algo também não estava bem na sociedade que a jovem raptada deixava para trás. 

Até hoje recordo desta obra. 
Na verdade, recordo-a porque nunca esqueci a melodia principal do filme.

A música, uma bela peça instrumental, ficou para sempre na minha memória. Ao longo dos anos tive momentos em que a cantarolava. Tal como outras absorvidas nesses idos anos 80, parecem ter a capacidade de colar num lugar no cérebro que nunca mais se esquece.

O saudosismo fez-me desejar que a série voltasse a dar na televisão. Só para voltar a escutá-la. Desta vez num aparelho, não só na minha cabeça ou no meu cantarolar. Mas o telefilme deve ter sido daqueles que passou uma vez, se calhar outra quase depois, e nunca mais regressou. Nem sequer anos depois, numa qualquer sessão "nostalgia".

Surgiram mais canais nacionais em Portugal, apareceu a televisão por satélite, e depois a televisão por cabo. Ficamos todos com acesso a vários canais mundiais. Mas este filme televisivo nunca mais foi transmitido.

A música, como disse, jamais esqueci. Para mim ela é tão protagonista quanto os protagonistas. Tem uma presença própria e dá muito ao telefilme. Que me lembre, este tipo de protagonismo de uma melodia só encontra equivalência nos famosos acordes de John Williams, no filme "Tubarão". Na altura da exibição tentei gravá-la de imediato (era um passatempo meu), mas acabou por sobreviver só uns framezinhos do genérico final. Genérico esse 'pintado' pela instrumental, mas numa composição por vezes menos agradável aos meus ouvidos. A melodia, tanto era tocada num tom vitorioso, quanto reflexivo e romântico. No genérico passavam o aventureiro. 

Ao contrário de quase todas as melodias que entram em filmes e séries de televisão, não parece existir qualquer banda sonora. Não ficou gravada em parte alguma, não existem discos ou cds. Os anos passaram e trouxeram novas tecnologias. Graças a estas, foi-me possível usar a internet para procurar informações sobre Harem. Mais uma vez, por sentir saudades da melodia. Mas as que obtive há uns anos foram escassas. Nome, data de produção e pouco mais. Alguém me apresentou ao fantástico mundo dos torrents, e lá fui eu pesquisar Harem. Encontrei o telefilme. Mas com uma péssima qualidade. Só que entretanto apareceu o youtube! Como é que não lembrei disso antes? (ou será que lembrei?). Lembrei, mas nada encontrei. Até hoje

Ao contrário do que se possa imaginar, não foi fácil descobrir quem é o autor da melodia. Surpreendentemente o seu nome não vem mencionado nos créditos. Nem no site do IMDB... ou qualquer outro que providencie a ficha completa de filmes. Fenomenal como é, apelativa, parece ter tido o nome do autor obliterado de tudo o que é lugar, relegado ao esquecimento de tão pouca foi a importância que lhe deram. 

Mas o mundo gira, a internet aumenta o seu espólio e hoje, por meio de um fórum com uma postagem feita somente há 2 meses, soube finalmente quem supostamente compôs a trilha do telefilme: John Scott. Ele fez inúmeras melodias para os mais diversos filmes. Provavelmente todas são fáceis de encontrar na internet, no youtube, no itunes... Mas não Hárem. Essa, só mesmo assistindo o telefilme para poder apanhá-la junto com a mistura de outros sons e diálogos. O que não faz tanto jus à mesma.

Então cá fica o telefilme, sim, porque o Youtube não o tinha até seis meses atrás! Agora, passados 30 anos, finalmente, pude recordar. Aproveitem, enquanto ninguém o tira. E depois digam lá se a melodia não é cativante?

Escutar a melodia na abertura antes do título e aos 1h26m.43s


English Version:

Long time ago, wile in the 80's I saw a television movie called Harem. I immediately got hook on the opening song title. Until this day I can hum it. I've never forgot it. During this 30 years I've search now and then for information about the movie, about the melody and I hoped it would go on television again. After all, so many things changed since the 80's! More TV channels, the personal computer... And the main change was technology such has internet that allow everyone to have almost immediate access to information very hard to find back in the 80's.  

On internet I found a thing call torrent, and about 10 years or so, I found it. The movie, I mean. But such poor quality I could not watch it. About the melody, I still could not find anything. Hoping that the movie-mania and movie-soundtrack mania would result in a finding, I search and search, I google it, but... nothing.

Until now. Thanks to a amazing forum with a post dated from 2 mouths ago. The opening song, and the movie title song was made by the composer John ScottNow a 85 British composer, with many movie melodies widely know, except for this one, I cannot imagine how come! Did he himself dislike it?

Well, I would like him to know that someone far away enjoy it so much that until this day remembers it, although it has listen to it just one time, when the tv movie was shown on public television, back in the 80's or so. I do enjoy it! It's just right there with all the great ones.


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Bill Cosby - the Quaalude Sex Predator


Bill Cosby is a american black actor with huge power and fame back in the 70/80 and early 90. He had a TV show on NBC - the Cosby Show witch was a huge success and gave him a (false) reputation of an adoring person, lovable father figure, a family man. And he was black. A not so common situation back then and there fore it was much welcome. He became an icon, a reference and gain lots of money but more than that: he gain power.

I watch his show when I was about 14 on cable and I found myself troubled by that figure. There was something in him I instantly disliked. It was such a clear impression that it made me all the time wanna to switch the television off. I kinda enjoy the comedy show but not when he was on screen.  I'll always set loose a "Argh!" sound. He was despicable! And he was on screen almost all the time! Like if it was mandatory to be so, as if had to had 60% or plus of scene time. So self centered! It was really annoying and kind of ensure me he was pretentious and arrogant. He had to be there, all the time, as a big start. Doing monkey business he probably didn't believe into. It all unnecessary centered on him and that is so wrong. I really tough wile watching the show: "This is not a good person. He makes such an effort to come across has a likable person. I think he uses his character has a mask and in real life I'm guessing he is not a nice person". 


I do believe we all have this 6º sense. "Be aware", "Dangerous person".  I wish this 6º sense could always be on "green light" and couldn't be turned down by social interference and what we tend to find hard to believe so we discard has a possibility. And I came across mine "repulsive person 6º sense" on a TV personality in this show. 

A few years ago some women come public with allegations they have been RAPED by Bill Cosby. Then more came forward, alleging the same experience. And they kept on coming. They are now more than 40! I bet a very small number when compared to what must have been the real number of a lifetime of drugging and rape women.  Cosby, now 78, still rick and powerful but not so influential, with his money can buy a bunch of lawyers, witch he did and is now going on with his life letting this accusations drop into the cracks. He cannot be prosecuted anymore (by this "old" victims) because the statutes of limitations. Too many years have passed. But the truth still wants to come out. Truth always do. 

Fussing the case and being able to conturn all the powerful obstacles rich people make sure are there to keep their dark secrets protected, the Association Press has got it's hands on a settlement agreement of a case involving Cosby on accusations of sexual harassment with drug use, dated a decade ago. He had to testify about it, he ADMITTED to have possession of Quaalude, a drug that he purchase with the intention of using to have sex with women. But before the case went to trial - witch would be very damageable for his reputation and star-status, it most certainly would be much distressful for the victim. So, a settlement was established. When that happens, no one can discuss the case outside or to others. It becomes a "pact" with the devil, actually. But one can understand the victim's choice. She's already traumatized enough, the last thing a victim wishes for is to stretch repeatedly the trauma for long periods of time in courts, watching all being exposed on the tabloids and to the world! Specially in this days when courts try to turn the victim into this horrible person. So, the less one talks about it the sooner one can go on - I'm guessing peace it's what trauma people value the most. 

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Great - Observações sobre Breaking Bad


"Seriously? You wanna toon in fast, if you don't wanna be ostracized by white people. Is pretty much all they talk about".


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A Teoria do Big Bang temporada 8 - Kelly


Dizem que a atriz que interpreta Penny na série A Teoria do Big Bang ficou pior e deixou de ser a personagem quando cortou o cabelo bem curto na temporada 8.

Pois eu concordo que a personagem mudou. E até concordo que para pior. Mas o problema não foi o novo corte de cabelo, nem o fato de ter subitamente desistido de ser atriz e ter virado uma vendedora de farmacêuticos.

Acho que o problema está na INDUMENTÁRIA. 
"Penny" tinha um estilo. Independentemente do tamanho do cabelo, longo ou curto, ela usava vestidos, usava decotes, andava atraente. Na temporada 8 veste-se à lenhador, com largas camisas ao xadrez ou usa blusas largas e exageradamente florais, parecendo cortinados de mau gosto. E quase sempre anda de leggings escuras, com sapatilhas rasas e de cor simples.
O que dizer da personagem?
Mudou. Assim como a vida pessoal da atriz que casou com um jogador de um desporto qualquer... E então, como costuma sempre acontecer, quis mudar tudo na sua vida (o corte de cabelo) e na sua personagem: mudou de profissão, deixou de ser "flausina com sonhos" para ser "mulher de negócios sem ambições". Fez questão de mudar os créditos do genérico para que incluíssem o apelido que ganhou no casamento. Passou da instabilidade para a estabilidade. E passou das roupas sexys, coloridas e giras para o estilo macho, largo, à lenhador ou à cortinado. 
De todas, é a personagem menos interessante. Oito temporadas depois, continua a o ser. Cada vez mais. 















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A cerimónia dos Óscares 2015

Estou a ver a cerimónia dos Óscares 2015, que a SIC está a emitir em deferido, neste instante.

Vou comentar à medida que estou a ver.


Abertura: Nada fantástica como entretenimento. Neil Patrick Harris está lá no topo da minha consideração como artista completo (é malabarista, dançarino, bom ator no drama, comédia, musical) mas não tem voz para suportar aquilo. 
O momento subiu exponencialmente de interesse quando entrou a cantora feminina. 

Lupita: Entrou que nem uma estátua negra embrulhada em branco, mas vinha nervosa e trocou-se toda. "E o ator vai para...." 

Melhor ator: O discurso de agradecimento passou de raspão para a academia mas foi todo para a esposa. E para o que possivelmente se tratava de uma assunto íntimo da família: o ator elogiou a mulher, voltou a elogiar a paciencia da mulher, mencionou os filhos, elogiou os filhos dizendo-lhes que saem à mulher e terminou a pedir para que os filhos liguem às mães. Não enviem SMS, mas telefonem. E digam que a amam. Se não fosse apenas pelo discurso, bastaria o rosto emocionado da esposa para perceber que aquilo foi um «recadinho» interno para os filhos ligarem mais vezes à mãe, que se sente ignorada. 

O discurso do diretor do filme IDA, da Polónia: Adorei. "Cagou" para os poucos segundos que lhe reservam para comentar o prémio, agradeceu à academia e depois da musiquinha que o manda «calar», teve tempo para agradecer à falecida mulher e terminou ao dizer que o melhor prémio são os filhos. Não foi por acaso que o público dos pares aplaudiu e riu. A irreverência de Pawel Pawlikowshi foi bem acolhida, ainda mais por ter escolhido não se calar para poder agradecer à falecida mulher e aos "ainda vivos" filhos. 

Os momentos musicais: que entediantes! Nunca gostei muito. Tirando poucas excepções. O que foi aquilo do filme do lego? Cantaram em playback, saiam as vozes e as bocas estavam fechadas. Muito movimento frenético pelo palco, que se estendeu à plateia, andaram a distribuir oscars em lego à Oprah e outros artistas... Um horror. Mas pior foi terem colocado de seguida uma perfomance musical emotiva, a última música dedicada à filha e à esposa que um artista Glen Campbel diagnosticado com Alzheimer escreveu antes da doença o afetar ao ponto de não conseguir mais dedicar-se a quase nada. Este momento foi quase eclipsado, pareceu enfiado "à pressão" ali. A menos que, no alinhamento desta madrugada tenha sido este o primeiro momento de uma interrupção para intervalo, esta escolha não faz qualquer sentido. Senti-me insultada como espetadora. 

 O oscar de melhor atriz para PAtrícia Arquete: Durante anos vi o quanto ela é talentosa na série de televisão Medium e também em alguns filmes de início de carreira. O quanto se entrega e emociona é merecedor de Óscar. Assim como foi o discurso que levou preparado. Usou o seu momento ao "sol" para exigir igualdade de direitos e de salário para as mulheres. Sim, porque fala-se muito do racismo e dos direitos por cotas mas se esquece desta maior e mais vergonhosa realidade: ainda se oferece a um homem melhores ordenados, melhores oportunidades e «assume-se» que uma mulher pode fazer mais ou o mesmo por MENOS. O discurso teve direito a que Meryl Streep se levanta-se da sua cadeira, assim como outras personalidades e apoiassem aquelas palavras. Adorei. 


Ainda não vi o filme de animação Big Hero 6. Pelo que aguardo para poder avaliar se se trata de outro grandioso filme animado como muitos que Hollywood produz. O discurso dos 3 que subiram ao palco emocionou apartir do momento em que mencionam "o sonho do menino de sardas" e, à saída, um dos homens grita, apontando algures para a plateia: "Amo-te Mary!". E as três esposas dos três homens são mostradas abraçadas e muito emocionadas.


Muito longo e demorado o discurso da presidente da Academia. Por mais importante que seja o tema teria de existir mais dinamismo ou maiores variações na entoação. As pessoas divagam. Durou dois minutos. Pareceram 5. Reteve-se pouco do conteúdo.

Meryl Streep: Sim, merecia um óscar. Só pela forma como apresentou os artistas que faleceram. Ao contrário do texto anterior, debitado com sentimento mas sem a transmissão do mesmo, Meryl, que não é à toa que é muito oscarizada, conseguiu que cada uma das suas palavras fosse sorvida com gosto. E começou: "Joan Didion disse no seu livro de memórias: Se nos falta uma certa pessoa, o mundo inteiro fica vazio". Lá fui eu pesquisar no google quem foi a senhora, à medida que reflectia nas palavras pronunciadas por Streep. É a forma como as transmitiu que permite isto... "Garçon", Mais um óscar para ela, sff!

In memoriam: A minha surpresa ao perceber que James Garner era vivo todos estes anos! O julguei da "velha" guarda de Hollywood... talvez falecido nos anos 80/90... Como as estrelas, mesmo as que têm um lugar no dito passeio, podem morrer no esquecimento durante anos e anos, mesmo estando vivas em carne e osso. O mesmo para Bob Hoskins, que fez o filme Quem tramou Rogger Rabit. Faleceu e neste tempo todo desde o filme de 88 pouco se ouviu falar dele... É triste. Recebem, contudo, esta última homenagem. Muitos ali na plateia, também terão a sua vez. Não sei quanto aos outros, mas me comove quando vejo um rosto jovem, mais do que um rosto mais vivido. Acho que se entende porquê. Se bem que James Garner, por exemplo, surgiu numa fotografia dos seus tempos de juventude, tendo falecido com 86 anos. mas quando se vê os nomes e rostos de figurinistas, artistas do som, designers e documentaristas, ainda a aguardar receber imensas rugas, é um mais triste. E pensamos: "o que se terá passado?" Acidente? Doença? Ohhh....! Sente-se um pesar. Também não entendo porque deixam uns mais tempo no ar do que outros. Porque é que Richard Atemburgh teve de ter tanto mais tempo que fez com que alguém ali perto decidisse, isoladamente, aplaudi-lo? E porquê o silêncio? Não devia ser o momento preenchido pelos últimos aplausos?

O que foi aquele exagero de aplausos e longevidade por causa de uma música que aborda a marcha de Selma? Sim, Marther Luther King lutou por igualdade e sim, ele era negro... e convertido ao islão, já agora. Mas o que isso tem a ver?? Porque é que a COR continua a ser atirada para aqui como uma bandeira? E as igualdades, onde ficam, quando se faz tanta diferenciação aos negros? SIM, onde fica a igualdade, os outros? Os índios, os latinos, os cor-de-rosa às bolinhas?

E os artistas que compuseram a música ganham o óscar seguinte. No discurso, todo «activista», dizem: "Há mais homens negros detidos hoje do que quando havia escravatura em 1850". LOL! Então... que é isto? Que comparação é esta? E os outros encarcerados, não têm direito a estatísticas porquê? E que tal contextualizar antes de se fazerem estas afirmações-carimbo? Que tal explicar que se existem mais NEGROS presos hoje isso se deve à tão almejada LIBERDADE. Sim, porque agora cada um é livre de tomar as suas decisões, de escolher o seu caminho. Se esse caminho foi dar à prisão, se calhar, ou melhor, de certeza que é porque não souberam dignificar e honrar a liberdade que muitos se sacrificaram para lhes dar. É até insultuoso, se formos a pensar assim. Ponto dois: é claro que hoje existem mais presos que no tempo da escravatura. Mas nem é preciso um diploma na parede para entender porquê. Primeiro ponto: A LIBERDADE. Cada um é livre mas tem de respeitar a igualdade das leis. Não respeitando a liberdade dos outros, nem a lei sobre as quais todos se regem, é-lhes tirada a liberdade. Não deve ser porque são «negros bonzinhos», já que tanto querem diferenciar os presidiários por raça. Segundo ponto: no tempo da escravatura a função do escravo era trabalhar, não era ficar preso. Preso iam os acusados de crimes graves, verdadeiros alguns decerto, outros não. Mas o escravo era um investimento, caro, e por isso não era deixado ir para a prisão sem mais nem menos. Dava prejuízo. Entendido, ou senhores da «propaganda» que não mudam o disco e não tocam a mesma marcha que aconteceu há 50 anos?


Muito alterado e imediatamente identificado como"efeminado", subiu ao palco um homem com rosto de rapaz, para agradecer um óscar. "Oh, meu deus" Ai, ai! Traquejos na mão, gestos femininos e depois um discurso emocionado, dirigido a si mesmo e fazendo referencia ao que a linguagem visual já estava a dizer: "Aos 16 anos tentei suicidar-me porque achava que não pertencia a lugar algum... e agora estou aqui! Quero que isto sirva de exemplo aos que pensam que não pertencem a este mundo. Continua a ser estranho e quando for o teu momento de estar neste palco, transmite a mensagem!"

Prémio para melhor ator: bem entregue, suponho. Ainda mais pela reação do jovem que interpretou Steven Hawkins.


Acho que Juliana Moore vai querer fazer concorrência à Meryl Streep. Vale-lhe o humor, as graçolas e o ter sublinhado que não existe «uma melhor atriz», por todas serem boas. E fez um discurso interessante e emocionante. Agradeceu ao marido e aos filhos por lhe darem "um lar". Todos os artistas precisam de uma âncora, certo?

Sean Penn, uma pergunta: porque é que foi mascarado de Hitler?


Birdman: Nota positiva ao diretor que mencionou que aquela (EUA) é uma «nação de emigrantes». Estava a pensar nisso mesmo. Não existe uma situação mais obvia de universalidade do que um filme. Existem pessoas de todos os credos e origens atrás de um filme. Atrás, à frente... ali não existem preconceitos, ou muito dificilmente uma equipa de produção pode diferenciar os profissionais que emprega, uma vez que quer os melhores, procura criatividade, inovação. Até um português contribuiu para os cenários do filme BUdapeste Hotel. E já tivemos também uma portuguesa a fazer efeitos especiais em grandes filmes. Temos o ator portugues Diogo Morgado integrado em produções americanas. Ou seja: ali é realmente um mundo sem credos, sem preconceitos. Por tudo isto é que não aceito esta pressão de "boicote" porque não existe uma satisfatória «percentagem de negros», ou porque a prisão está cheia deles... What? Porque pedem tratamento especial? Não entendo. Por tudo isto gostei do discurso do diretor (mexicano) de Birdman. Sem propaganda.

E aqui terminou esta compilação da cerimónia. Não vi o apresentador despido, só de cuecas, pelo que presumo que alguma coisa foi cortada.... Conclusão final: não gostei. Para uma cerimónia que se quer grandiosa, se o foi, esta compilação transformou tudo numa coisa qualquer, sem despertar grande interesse.

E a transmissão da cerimónia fica melhor com a SIC ou com a TVI?

Façam os vossos diagnosticos.






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The Big bang theory

 A TEORIA DO BIG BANG




SHOW - Ao Vivo



CIENTISTAS - físicos e partículas, o Nobel
A ÚLTIMA FRONTEIRA - Os Astronautas

A VENCEDORA


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Versão PORTUGUESA de Shark Tank (ou Dragon's Den)

Ambos a passar na SIC Radical, os programas "O largo dos tubarões" (USA) e "Covil de empreendedores" (Canadá) cativaram telespectadores com a sua simples premissa: "tens uma ideia de negócio mas falta-te capital? Nós temos dinheiro e podemos investir. Vem apresentar-nos a tua ideia, pode nos interessar e ao investirmos serás uma pessoa rica".


A boa notícia é que um dos canais nacionais portugueses anunciou estar a tentar preparar uma versão portuguesa de "Shark Tank - O Largo dos Tubarões". Que bela ideia! Num país com reputação de bons inventores, onde ideias fluem como correnteza nas águas, será que vamos ver coisas boas surgirem da mente dos que por cá andam? Quais serão as piores ideias? As mais lucrativas? Que surpresa reservará uma versão portuguesa?

Aposto que os fãs da série mal podem esperar para ver. 
Até que enfim a televisão nacional procura adaptar um programa de entretenimento que não se resume a cantorias, danças ou palhaçadas! Só digo uma coisa: começam com uma década de atraso.


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Rising Star, novo talent show na TVI


Vi pela primeira vez este novo concurso de talentos hoje, Domingo dia 11 de Maio. Tinha lido numa revista uma crítica a elogiar o ator Pedro Teixeira como apresentador. Talvez isso tenha criado expectativas superiores ao que acabei por constatar, pois achei o ator/apresentador um tanto cru e a recorrer demasiado ao riso. Principalmente a usá-lo para fazer pausas e pensar no que dizer a seguir. Tal como alguns concorrentes, tem potencial e talvez com um pouco mais de prática vá mais longe.

Passei algum tempo a pensar num outro Pedro, o Granger, que fez algumas vezes parelha com a Leonor Poeiras. Se não tivesse passado para a SIC neste último ano talvez estivesse ali, grudado na Leonor. Mas ainda bem que não está porque cansa ver sempre as mesmas duplas de programa para programa e, mesmo sendo menos experiente na apresentação, o Teixeira tem um potencial por explorar que o Granger, a meu ver, não tem.

Quanto aos concorrentes que já vi cantarem, gostei muito do timbre de Alexanda (A espanhola). A pesar de gostar de alguns musicais, não achei especial o desempenho do concorrente de Aveiro mas que o gostaria de o ouvir noutros registos, isso gostava. Acho que para o concorrente, a paixão pelos musicais está ao alcance de muito trabalho, dedicação e se calhar, treino noutros registos também. É como querer ir para acrobata... não dá para começar logo pelo mais difícil sem passar primeiro pelos exercícios mais básicos. Ou seja: adia-se o «primeiro amor» até se estar «no ponto».

Achei engraçado que uma das críticas feitas à concorrente Espanhola que cantou "A Canção do Mar" na versão Dulce Pontes tenha sido que por vezes não se entendia a letra. Logo a seguir surge um concorrente Cabo Verdiano e no vídeo de apresentação certas palavras que pronuncia parecem ter outro sentido, tal é a forma diferente de as pronunciar. Foi para mim um pouco cómico, pois entender "corno" no meio de uma frase (decerto não era) entre outros exemplos acaba por ser humorístico. Este concorrente não passou à final, teve uma prestação a meu ver fraca de voz, mas ainda assim dois elementos do júri votaram SIM. Curioso foi quem foram esses elementos: os que até então tinham sido mais implacáveis nos critérios de selecção: Pedro Ribeiro e Rita Guerra. Os argumentos, se não erro, foi ter «groove».


Este Rising Star, como programa, parece interessante. O jurí tem critérios flexíveis para a selecção, o que torna tudo um pouco assente também no factor momento e sorte pois, sem os votos da plateia, que têm de superar os 50%, o concorrente não passa para a fase seguinte.

Veremos então o que se segue que, pelo que entendi, será cantar em dueto!

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Maria Vieira passou-se do berlinde

Maria Vieira, quer queira quer não, quer o sinta ou não, é uma actriz acarinhada pelo público português.
Nem tem que fazer nada para isso. É e pronto.

No entanto a sua postura desde que provou dos «ares» do Brasil tem sido pontualmente controversa. Mas como o público adora-a, a imprensa também, pouco destaque se tem dado a algumas palavras pouco felizes.

E exemplifico: A primeira vez que Maria me «chocou» com algo que tenha declarado foi com uma ida sua ao 5 para a Meia Noite - ou um talk show parecido. Onde ao falar sobre a sua experiência a fazer novelas (só de Miguel Falabella) na rede Globo no Brasil, a actriz voltou a sublinhar o que já havia dito nas revistas sobre a remuneração compensar muito mas muito mais que o melhor trabalho por cá pode pagar (porque eles são milhões e o Brasil imenso) e continuou a comparar a situação do ator de lá com o de cá, tecendo demasiados elogios ao que eu considero o lado superficial da exposição da profissão.

Sei que deve ser bom e entendo perfeitamente que alguém prove e passe a gostar de viver no conforto que algum reconhecimento proporciona, deve ser fácil uma pessoa se acostumar ao luxo, ter motorista privado para ir e voltar das gravações, viver num palacete paradisíaco, ter serviçais e luxos tais - ela e o marido, que levou consigo. Compreendo perfeitamente ainda mais depois de uma carreira longa que imagino que, tal como todas, tenha começado na dificuldade e com poucos recursos. Mas Maria falou num tom algo delirante - e isso é que foi preocupante. Falou com vaidade da reação do público brasileiro por si, comparando-o em números e quantidade ao povo português e desvalorizando em quase tudo este último. E continuou nessa nota, de desvalorização de quase tudo o que por cá existe, valorizando demais o que por lá encontrou. Volta e meia detona a realidade de cá. Mas para mim a estocada final e imperdoável de Maria foi quando na sequência de uma pergunta comparativa sobre o povo português e o brasileiro esta diz "Vocês". 


Vocês?! WTF?
Não devia ter dito "nós"? Não é por acaso a Maria Vieira portuguesa? Está a renegar a pátria? Provou um pouco da vida globista e foi ao delírio e alucinação... ???.

Isso me caiu um pouco mal.
 Maria Vieira com Carla Andrino no Brasil

Passados meses desde a sua presença nesse programa de TV, talvez um ano deste lamentável episódio ao qual pelos vistos só eu prestei atenção, eis que a artista volta a ter uma atitude um tanto inconveniente, para não dizer preconceituosa e invejosa (minha interpretação). Ao ligar a televisão e verificar que Diogo Morgado se encontrava no programa Vale Tudo, ela sai-se com este comentário no seu facebook:

"Em inofensivo zapping, dou por mim a sintonizar a SIC e que vejo eu? O Diogo Morgado, ator português que vive justo reconhecimento na indústria cinematográfica americana, a participar numa coisa tipo programa de televisão que envolve planos inclinados, quedas aparatosas, embates mais ou menos estúpidos contra paredes e efectivação de figuras ridiculamente idiotas. O que é que o Diogo Morgado faz ali? Alguém o obrigou a participar sob ameaça da própria vida? Então porquê? Precisará ele dos míseros euros que supostamente lhe pagam para fazer aquelas figuras? Será que ele pretende arruinar o que de bom lhe tem acontecido nos últimos tempos? Terá ele enlouquecido?
Maria não fica por aqui e diz tudo: "... devem descortinar a piada em vê-lo fazer aquelas figuras que ficam a dever mais à dignidade do que aquilo que os portugueses devem à Troika!. Estão a imaginar (salvo as devidas distâncias) o Johnny Depp ou o António Banderas a escorregarem num plano inclinado e a "esbardalharem-se" de encontro a uma parede! Pois, eu também não, e eles, seguramente muito menos! Espero bem que o agente americano do Diogo tenha visto aquele programa, tipo "chalaça", via satélite, e lhe diga aquilo que toda a gente com cérebro lhe gostaria de dizer, ou seja: "Não te metas nisso pá" a bem da carreira internacional do nosso "Cristo Lusitano"


Ainda bem que existiu quem tivesse tentado chamar a atenção de Maria para a realidade. Entre os quais o próprio Diogo Morgado, César Mourão e Rui Unas. Todos abordaram a questão por todos os aspectos realmente interessantes (importantes). (ler resposta de Unas e Mourão aqui e a resposta do Diogo aqui). 

Maria, como pode você (vai desculpar-me o tratamento na primeira pessoa mas certamente vai ser agradavelmente familiar) que viveu grande parte da carreira a fazer comédia meio-parva em programas de TV tecer críticas dessas a um programa com o sketch cenário inclinado? Um programa que, goste-se ou não, nota-se que cada ator tem ali oportunidades teatrais e outras mais para desenvolver aspectos do seu talento que tão raramente surgem de uma vez só. Ali vivem do improviso, da mímica, da interajuda, da sagacidade... Goste-se ou não acho que percebo que ali eles se divertem até mais do que o espectador, aprendem e treinam. O argumento que não «cola» é mesmo esse de não ser trabalho para um ator se prestar a fazer, principalmente um com a popularidade do Diogo, a não ser se este andar desesperado por «míseros euros». 


Só posso concluir que é inveja, que no fundo Maria adoraria estar no lugar do Diogo e por isso proferiu essas palavras que provêem tanto dessa inveja da sua popularidade internacional e fama como do pedestal onde a Maria parece ter subido desde que fez uma temporada no brasil e se tornou presença aparentemente regular em produções além-fronteiras. Porque o seu discurso aponta para isso. Desde o julgar que um ator não se pode submeter a trabalhos «populuchos» (logo quem Maria, logo quem....), insinuando que um ator que alcançou o que o Diogo alcançou lá fora por isso já não devia prestar-se a actuar num programa de televisão português como aquele (lol Maria, big lol. Vê-se bem que a temporada no Brasil não te fez entender como por lá os atores usam e abusam dos programas televisivos de entretenimento) e finalmente, para mencionar que são «míseros» os tostões pagos aos atores é porque já se etiquetou com valores bem acima da média.  

A Maria goza de popularidade, admiração e respeito tanto cá quanto aparentemente fora deste país. O público português gosta da Maria. Não devia colocar tudo o que conquistou em risco ao proferir estas e outras palavras amargas e negativas. A Maria sempre pareceu ao olhar do espectador ser uma pessoa bem disposta, simpática e divertida. De bem com a vida, de mente aberta. Tem um rosto imediatamente carismático e simpático. Mas quanto ao que começa assim a revelar, não sei não... 


PS: Entretanto Maria Vieira voltou a responder à entretanto polémica (para mim não foi assim tão grande porque se isto aconteceu Domingo passado e eu não ouvi nada até ler hoje uma notícia numa revista é porque não moveu assim tantas ondas) Ler aqui na integra. No meu entender Maria volta a meter o pé na poça de inúmeras maneiras. Diz ela, por exemplo, que tal como qualquer outra pessoa, tem direito a expressar a sua opinião desde que respeitosa. Pois. E quem diz o que quer, ouve o que não quer - também respeitosamente.

No fundo ela pretende vincar o seu total desprezo e reprovação pelos programas de TV que vivem das figuras públicas a fazer figuras parvas, em particular os atores. Diz que a profissão de ator não serve para isso. Muito bem Maria, pensemos todos assim ou não, é um direito que lhe assiste. Mas o problema está na forma com que expressou essa indignação e ter apontado o Diogo Morgado. Também não vi nenhum programa com pessoas a dar saltos de piscina (agora também tem versão brasileira na TV Globo Portugal), assim como não vi a maioria dos com cantorias ou bailaricos. Mas nem todos são uma descarada montra que visa visibilidade em troca da «alma» profissional. E daí a insultar quem vê este tipo de programa dizendo «tendo em conta o público alvo do programa em causa, sou levada a entender e a perdoar o baixo nível dos mesmos.»... que tiro no pé! 

Teria mais a apontar, mas entendi que no pedestal onde acho que a atriz subiu, jamais vai querer descer. Para nos diferenciar-mos dos outros que fazem saltos na piscina acho que não é preciso ser tão mazinha, mas enfim....  Ah, e espero que tenha falado pessoalmente com o Diogo. 


Adenda:
Hummm.... o que será que Maria Vieira pensa da Daniela Ruah vir a Portugal depois do sucesso nos EUA fazer publicidade à Worten e às águas das pedras? Não foi por míseros euros, certamente. Será esse o pecado de Diogo Morgado? Não cobrar exorbitantes quantias pelo estatuto de estrela entretanto alcançado e se ter prestado a uma participação num programa humorístico... para representar?

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Séries que partilham o mesmo guião

Sabem aquela série americana onde entra uma portuguesa? Não vejo. Não consigo ver essas séries em que um raciocínio é partilhado por várias personagens que dizem uma só frase alternadamente e à vez. Mudo logo de canal.

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Séries que não gostei *01 - LOST


Acabei de deixar um comentário num blogue que ainda hoje, passados não sei quantos anos sobre o final da série LOST, se espantava com o final insatisfatório que a série teve. 

Bom, LOST é uma série de TV americana que tem inúmeros fãs. E eu não me encontro entre eles. À semelhança de muitas outras séries que surgiam naquela altura, seguia uma fórmula que não tinha hipótese de me atrair. Para mim era tão óbvia que indubitavelmente também era desinteressante. 

Vi a primeira temporada, com menos interesse vi também a segunda e depois larguei de vez porque não aguentei mais me submeter ao que considerei uma «esticada» sem propósito artístico. A história devia ter terminado logo na primeira temporada. Ou na segunda, vá lá, para não exceder os limites do aceitável no que respeita ao esticar em exagero histórias com conteúdo limitado que, no fundo, podiam muito bem apenas serem um filme de hora e meia.

E porquê não foi um filme? Bom, com aquela temática muitos filmes já foram feitos. Não teria um impacto tão intenso quanto uma série de TV, pois a temática andava desaparecida dos monitores televisivos. Nem um filme poderia render tanto, pois na TV na altura era onde muitos autores queriam estar, a fazer destas séries «pastilha-elástica», que lhes garantia um bom e contínuo rendimento durante anos e anos, coisa que filmes não conseguem. 

O que me atraíu foi o «pitiching» aludir a algo para o «triângulo das Bermudas». E então andei ali, a rondar, a rondar, a «engolir» cada episódio com dificuldade, a deixar que cada um terminasse com uma baita decepção mas a não levar a mal essa impressão de que estava a ser «enganada» como espectadora e aquilo não ia dar a nada (cada capítulo terminava com um grande mistério ou suspense, o que é do mais cliché que existe como recurso, um anzol que ou funciona ou dá muito errado. No meu caso deu muito errado mas pelos vistos ainda pesca muito peixito por aí). 

Achei muito obvio que aquilo ia decepcionar. Que não ia fazer sentido. Que seria perda de tempo seguir. Deixei de ver e soube que a série ia ter outra temporada, e outra, e outra... mas um dia teria de chegar ao fim. E quando chegasse, aí saberia se a minha intuição teria ou não «razão». Pois acho que teve.

Que finalzinho obvio e decepcionante, não?
Estavam todos MORTOS.... A sério?!?!?
Mas isso entendeu-se logo de início. Qual a surpresa? 

A história junto com as técnicas de filmagem foi só enrolar, enrolar, iludir, inventar com o único objectivo de ESTICAR a trama sem que esta tivesse de ter nexo ou respeitasse o espectador. A motivação para tantas temporadas foi só o adiar o momento em que a conta bancária de todos os envolvidos não ia mais poder contar com o pagamento de serviços prestados*...  

Enfim. Não me vou alongar no repúdio generalista que sinto por estratagemas que visam apenas tirar proveito próprio num quase delírio de vaidade meganomano e uma necessidade egoísta de narcisismo profissional e ânsia por um lugar ao sol, custe o que custar. O espectador e a arte é o que menos importa. Enfim. Será que haverá uma alminha que o entenda?



*Daí alguns atores ficarem «chateados» por as suas personagens «abandonarem» a série «prematuramente» enquanto outras permaneciam por lá sempre. (Até aqui se nota que o que importa são outros critérios que não a relevância das personagens).

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